Mortos pelas chuvas no litoral norte de SP chegam a 48 e há ao menos 38 desaparecidos

Publicado em 22/02/2023 09:34 e atualizado em 22/02/2023 10:59

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Por Eduardo Simões e Gabriel Araujo

SÃO PAULO (Reuters) -O número de mortos pelas fortes chuvas que atingiram o litoral norte do Estado de São Paulo no último fim de semana subiu para 48, informou o governo paulista nesta quarta-feira, enquanto os trabalhos das equipes de resgate continuam em busca de ao menos 38 desaparecidos.

Em todo o Estado, as chuvas deixaram mais de 1.730 desalojados e 766 desabrigados, informou o governo. Ainda de acordo com o governo paulista, a previsão do tempo para o litoral norte para esta quarta é de mais chuvas, com a chegada de uma frente fria à região, o que pode complicar os trabalhos de busca e resgate.

"A partir do final da manhã, a aproximação de uma nova frente fria favorece a formação de nuvens carregadas sobre a região, com isso voltam as condições para pancadas de chuva moderadas e fortes, que podem ocorrer de forma intermitente até o início da noite", disse o governo de São Paulo em nota.

Segundo o governo, o volume de chuvas que atingiu o litoral norte no fim de semana de Carnaval, quando vários turistas foram para a região, é o maior já registrado em 24 horas na história do Brasil desde o início deste tipo de registro.

"A gente trabalha com o número de pelo menos 38 desaparecidos", disse a jornalistas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que está na região desde o domingo e decretou luto oficial de três dias e estado de calamidade pública por 180 dias nas cidades de Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Bertioga.

O governador também transferiu temporariamente seu gabinete para São Sebastião, cidade mais duramente atingida pelas chuvas e que registrou 47 das mortes, para dar mais velocidade à tomada de decisões em resposta à tragédia.

Desde o domingo, equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e das Forças Armadas trabalham nos esforços de resgate de pessoas ilhadas e de vítimas da tragédia, além da desobstrução de vias de acesso e rodovias atingidas por deslizamentos de terra e quedas de barreira.

Um trecho da rodovia Rio-Santos está completamente interditado e, na segunda, o governador de São Paulo disse que a recuperação levará tempo pois há a possibilidade de a via ter sido arrastada pelas chuvas. Ele disse ainda ser possível que a rodovia não exista mais no trecho atingido.

Na segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi à região e prometeu apoio do governo federal e parceria com os governos estadual e municipal na reconstrução das áreas atingidas e na construção de moradias para pessoas que moravam em áreas de risco e perderam suas casas.

(Reportagem de Eduardo SimõesEdição de Luana Maria Benedito e Pedro Fonseca)

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Fonte:
Reuters

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