Frente fria leva rodada de chuva rápida para o Sul e Inmet segue monitorando massa de ar frio
Segundo as previsões mais recentes, os modelos meteorológicos não indicam mudanças significativas nas condições do tempo nas principais áreas de produção agrícola do país nas próximas 24 horas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê chuvas apenas na região Sul do Brasil, permanência do tempo seco e baixa umidade na região Central e monitora a massa de ar frio prevista para a semana que vem.
Heráclio Alves, meteorologista do Inmet, explica que um sistema de baixa pressão em atuação no Sul do Brasil favorece a formação de nuvens carregadas pela área e vai dar origem à uma nova frente fria nas próximas horas. Com relação aos volumes, o modelo Cosmo prevê precipitação mais expressiva no norte do Rioo Grande do Sul e Santa Catarina.
O meteorologista afirma que a chuva deve acontecer de forma passageira pela região, em forma de pancadas, mas não descarta o risco de queda de granizo em algumas áreas, principalmente no oeste do Paraná onde as temperaturas estiveram mais elevadas nos últimos dias. "É um sistema passageiro, fica apenas entre hoje e amanhã, avança pela região, mas não sobe para outras áreas. Pode ter alguma chuva também no Mato Grosso do Sul e depois o tempo volta a ficar mais seco, com a entrada de um mais frio a partir do dia 16", afirma.
Veja o mapa de previsão de precipitação nas próximas 93 horas:
O Inmet monitora o avanço do ar frio para o Brasil, já que os modelos indicam que o sistema deve derrubar consideravelmente as temperaturas, aumentando os riscos de geada inclusive em áreas de produção agrícola. Além dos três estados da região Sul, a tendência é que o frio também provoque o declínio das temperaturas no Mato Grosso do Sul, São Paulo, extremo sul de Minas Gerais e em áreas da Serra da Mantiqueira. A intensidade da geada, no entanto, só será possível saber mais próximo do dia 16 e por isso as condições estão sendo monitoradas.
Veja o mapa de previsão de atuação da massa de ar frio:
Para a região Central do Brasil não há grande mudança nas condições atuais. As chuvas continuam acontecendo apenas de forma muito pontual e a baixa umidade relativa do ar coloca algumas áreas isoladas em estado de alerta, ficando abaixo dos 30% nas horas mais quentes do dia nos estados de Goiás e do Mato Grosso.
O Inmet inclusive destacou que o período de estiagem já levanta muita preocupação e baixas na produção do milho no estado do Mato Grosso. "Algumas localidades já estão com mais de 25 dias sem chuvas, o que pode afetar o desenvolvimento da cultura do milho segunda safra e, consequentemente, causar possíveis quebras na produtividade na região produtora", afirma a publicação.
A publicação destaca ainda que a previsão climática do Inmet indica chuvas dentro da média climatológica em grande parte do estado durante os meses de maio, junho e julho, com acumulados previstos entre 40 e 100 mm, enquanto para o norte do estado, as chuvas podem ficar ligeiramente acima da média. "No entanto, assim como a falta de chuva pode prejudicar o desenvolvimento do milho, as altas temperaturas, acima de 35°C, podem impactar severamente a fenologia e consequentemente sua produtividade, como explica o agrometeorologista do INMET, Cleverson Freitas", afirma o Inmet.
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