Monitor de Secas registra abrandamento do fenômeno no Sudeste e alerta para as condições em São Paulo
Em outubro, devido às chuvas acima da média, os quatro estados do Sudeste registraram o abrandamento do fenômeno em comparação a setembro. A seguir saiba mais sobre a seca no Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Na última atualização do Monitor de Secas, a situação de São Paulo seguiu como a mais severa do Brasil em outubro. Em comparação a setembro, as áreas com seca excepcional e com seca extrema permaneceram em 21% do estado. Com isso, 42% de São Paulo passaram pelas duas categorias mais severas do fenômeno em outubro. Por outro lado, houve um recuo de 44% para 39% da área com seca grave no sudeste paulista. Essa é a segunda pior condição do estado desde sua entrada no Mapa do Monitor em novembro de 2020. Desde abril, a seca é verificada em 100% de São Paulo.
Entre setembro e outubro, o Espírito Santo teve um forte recuo da área com seca moderada, que passou de 88% para 51% do território capixaba sobretudo no sul e no leste do estado. Já a seca fraca recuou no sul capixaba e esse grau do fenômeno foi registrado em 36% do território. Por outro lado, a área livre de seca subiu de 2% para 12% do Espírito Santo – maior percentual desde os 15% observados em junho deste ano.
Em Minas Gerais, em outubro, a área com seca excepcional, o tipo mais severo, permaneceu no patamar de 3% em comparação a setembro – maior percentual desde a entrada do estado no Mapa do Monitor de Secas em novembro de 2018. Já a porção do território mineiro com seca extrema seguiu em 15% do estado. Também aconteceu o recuo das áreas com seca grave (de 15% para 13%) e seca moderada (45% para 36%). Além disso, ressurgiu uma área de 1% do estado livre de seca, o que não acontecia desde junho. Essa é a segunda condição mais severa do fenômeno em Minas no histórico do estado no Monitor, sendo superada por setembro deste ano. Considerando a área total com o fenômeno em setembro, o estado registrou a 2ª maior área nessa situação (579 mil km²), ficando somente atrás de Mato Grosso.
No Rio de Janeiro, entre setembro e outubro, a seca se abrandou no estado com o forte recuo da área com seca moderada de 54% para 3% no centro e no sul fluminense. Além disso, a área de seca fraca foi de 51% e os restantes 46% do estado não tiveram registro do fenômeno no período. Essa é a menor severidade do fenômeno no Sudeste e a maior área livre de seca entre as 21 unidades da Federação em outubro.
Considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, as condições mais severas foram registradas no Sudeste e no Centro-Oeste, que tiveram respectivamente 8% e 1% de áreas com seca excepcional – a mais severa na escala do Monitor – no último mês. O Sul teve a segunda menor severidade do fenômeno em setembro, com 2% de seca extrema. Apenas o Nordeste teve condição melhor, já que o maior grau de severidade foi de seca grave em 11% de seu território.
Em outubro deste ano, em comparação a setembro, em termos de severidade da seca, 11 estados tiveram um abrandamento do fenômeno em outubro: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Entre setembro e outubro, todas as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas registraram o fenômeno simultaneamente.
No sentido oposto, sete estados tiveram uma intensificação da seca no período: Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras três unidades da Federação, a severidade do fenômeno se manteve estável: Ceará, Distrito Federal e Maranhão. Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em outubro aconteceu no Sudeste, que registrou 8% de seca excepcional – a mais severa da escala do Monitor. Já o Nordeste teve a menor severidade de outubro e foi a única região a não ter registro de seca extrema ou seca excepcional.
Entre setembro e outubro, somente Alagoas registrou expansão da área com seca. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros cinco estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Nas demais 15 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Considerando o recorte por região, o Sudeste e o Sul tiveram uma redução da área com seca de 99% para 96%. Já no Centro-Oeste e Nordeste o território com o fenômeno se manteve estável respectivamente nos patamares de 93% e 89%.
Em 11 unidades da Federação, 100% de seus territórios registraram seca em outubro: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Os demais dez estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 53,9% e 98,7% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.
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