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Atualização do NOAA, divulgada nesta quinta, mantém La Niña com intensidade moderada

Publicado em 10/12/2020 10:57 e atualizado em 10/12/2020 13:33

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Em atualização divulgada na manhã desta quinta-feira (10), a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) manteve a projeção de um La Niña com intensidade moderada para 2020. "La Niña persistiu durante novembro, conforme indicado por temperaturas bem abaixo da média da superfície do mar (TSMs) estendendo-se da Linha de Data até o Oceano Pacífico oriental", destaca a publicação. 

O NOAA trouxe ainda que as chances do fenômeno continuar durante a temporada de Verão no Brasil, é de 95%. As previsões indicam ainda 50% de chance de neutralidade nas águas do Pacífico entre abril e junho. "Apoiado pelas últimas previsões de vários modelos, o consenso do analista é para um La Niña de força moderada (valores do índice Niño-3.4 entre -1,0 ° C e -1,5 ° C) durante o pico da temporada de novembro a janeiro. Em resumo, o La Niña provavelmente continuará durante o inverno de 2020-21 do Hemisfério Norte, com uma transição potencial durante a primavera de 2021", diz o NOAA. 

Desde agosto o NOAA afirma a atuação do La Niña, mostrando uma tendência de diminuição nos volumes das chuvas em toda a região sul do Brasil a partir de novembro. O centro de previsão norte-americano destacou ainda que as previsões sazonais de temperatura e precipitação de 3 meses serão atualizadas na quinta-feira, 17 de dezembro.

Segundo a meteorologista Estael Sias, da Metsul, o Brasil deve continuar sentido os impactos do La Niña nos próximos meses. "Existe a possibilidade do pico do fenômeno já ter sido atingido, nós ainda estamos avaliando, mas os efeitos a gente ainda vai sentir bastante nos próximos meses", afirma. 

A especialista destaca que o NOAA mantendo as projeções para 2021, também indica um estado de alerto para uma possível antecipação das ondas de frio no ano que vem. Além disso, mantém a irregularidade das chuvas em boa parte do Sul do Brasil. "A gente tem agora em dezembro um pouco mais de chuva na parte norte do Rio Grande do Sul, mas é normal em anos de influência de La Niña a gente registrar, em um mês ou outro do verão, chuvas acima da média", comenta. 

Explica ainda que normalmente as chuvas acima da média são registradas durante o mês de janeiro, mas que como a seca foi antecipada, também há a chance do sistema ter antecipado as chuvas mais expressivas. "Dezembro vai ser um pouco melhor, acho que vai dar uma ajuda boa para o plantio, mas depois entre fevereiro e março deve secar bem e coincidir com ondas de calor e gerar um estresse maior para a planta", afirma. 

Segundo dados divulgados pela MetSul, os gráficos mostram que ainda existe muita água fria abaixo da superfície, "sinalizando que tem ainda bastante água fria para alcançar a superfície, o que sinaliza a continuidade do fenômeno durante os próximos meses", diz a publicação.  

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • wenderson lambert pouso alegre - MG

    Dr Molion e outros especialistas na area ja demonstraram que estes dados apresentados pela NOOA nao condizem com la nina atuante, mas sim neutralidade...., mas infelizmente nao dao o braço a torcer, escondendo a verdade.

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