EUA tem chuvas intensas até fim de junho que podem comprometer plantio da soja
Novos mapas divulgados na tarde desta quarta-feira (12) mostram que ainda há muitas chuvas previstas até o final de junho nos Estados Unidos. Tanto o modelo americano quanto o europeu indicam elevados acumulados até os dias 27 e 28 de junho, que podem passar de 200 mm em alguns estados. Illinois, Indiana, Ohio, partes de Iowa e Missouri estão entre eles.
Na imagem a seguir, do lado direito o modelo americano, com previsão até 28 de junho e, do direito, o europeu, prevendo até o dia 27 próximo.
E estes são alguns dos estados onde os trabalhos estão mais atrasados. Assim, além de comprometer o andamento do plantio, o desenvolvimento das lavouras também passará por sérios desafios pelo mês até o final deste mês.
Frente a isso, muitos produtores norte-americanos já começam a sinalizar que além do milho, boa parte de suas áreas de soja também poderão ser destinadas ao Prevent Plant. A espera por uma redução nos rendimentos frente à condições tão desfavoráveis como as que estão sendo esperadas justificam atitudes como estas.
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Agora, centenas de agricultores estão em um momento crucial de tomada de decisões. Muitos já estão fazendo seus trabalhos de replantio, inclusive ainda insistindo no milho em alguns casos.
Diante disso, o economista chefe do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), Robert Johansson, disse em entrevista que a instituição já estaria, inclusive, pronto para revisar suas estimativas para a soja em seu reporte mensal de oferta e demanda de julho, segundo noticiou a Reuters Internacional.
Resultado de todas essas adversidades, as lavouras americanas já começam a se mostrar em condições ruins, sem força - ao menos até este momento - para um desenvolvimento satisfatório para alcançar os índices de produtividade inicialmente projetados.
Mais uma vez, a especialista internacional Karen Braun, pelo seu Twitter, trouxe fotos comparativas e comentários sobre alguns dos mais importantes estados produtores. Apesar de as imagens impressionarem pela má qualidade atual dos campos americanos, Karen explica que há espaço para alguma recuperação em determinados casos.
"As atuais condições não refletem agora, necessariamente, o potencial produtivo. Índices diferentes do que o esperado agora não garantem menores rendimentos. Logo os produtores começarão a trazer suas projeções de produtividade", diz a analista.
As fotos a seguir mostram comparativos de campos de milho em Ohio, Minnesota, Iowa e a Dakota do Norte. Em seu último boletim, o USDA reduziu sua projeção para a safra de milho norte-americana de pouco mais de 381 milhões de toneladas para 347,49 milhões.
As próximas imagens mostram Indiana, Illinois, Nebraska e o Kansas. "O milho, onde emergiu, se mostra bom, mas bem atrasado em relação ao ano passado", relata Karen. "A produtividade poderia, inclusive, ficar dentro das médias caso as condições de clima melhorem, trazendo um pouco mais de calor e regularidade da umidade. Os recordes dos últimos anos, porém, certamente estão descartados", completa.
1 comentário
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Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
Somente pelo fato de esticar o plantio para o final da janela lá se vai produtividade... Pra lembrar, o dia mais longo deles é dia 21, solstício de verão, 15 horas de luz, daí pra frente a cada mês a hora a menos .