Tempo: Após precipitações, chuvas voltam a diminuir no Sul do Brasil no final de dezembro e início de janeiro
Depois de dias mais chuvosos em áreas produtoras do Centro-Sul do Brasil, com precipitações que amenizaram a condição de lavouras de soja da safra 2018/19, mapas estendidos apontam a tendência de um novo período de seco no Sul do Brasil e Matopiba (Veja o mapa abaixo).
De acordo com o mapa do centro de previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), entre os dias 27 de dezembro e 04 de janeiro, menos chuvas acumuladas serão registradas na maior parte da região Sul do país.
Não significa que a região Sul do país não receba chuvas. Afinal, estamos no verão e pancadas de chuvas podem ocorrer principalmente no período da tarde. No entando, os acumulados, no geral, não serão tão volumosos.
Veja o mapa com a tendência de precipitação acumulada para o período de 27 de dezembro até 12 de janeiro:
Fonte: National Centers for Environmental Prediction/NOAA
Nesse período, segundo o mapa do centro internacional, as precipitações mais volumosas ficaram concentradas sobre a faixa Centro-Norte do país, com a tendência de volumes expressivos em áreas do Norte, Centro-Oeste e Sudeste.
"O Centro-Norte do país vai se manter instável. Eu acredito que a Zona de Convergência do Atlântico Sul deve se formar e voltar a atuar e, com isso, essa chuva deverá ser estendida", disse o meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia, Mamedes Luiz Melo.
Próximo ao Natal, as chuvas retornaram para áreas produtoras da região Sul do Brasil, conforme mostram mapas de precipitação acumulado do Inmet. Algumas cidades, inclusive, já estavam sem receber precipitações volumosas há quase 30 dias.
Os estados do Paraná e o Mato Grosso do Sul já registram perdas consideráveis em função da seca; no Rio Grande do Sul produtores tiveram de partir para o quarto replantio e há ainda 97 casos de ferrugem asiática em lavouras comerciais de soja, de acordo com dados do Consórcio Antiferrugem.
Veja o mapa de precipitação acumulada nos últimos 5 dias em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
"Há lavouras com condições muito ruins. Oeste do Paraná, parte do Norte e Centro-Sul do estado, partes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul já tem muitas lavouras com grandes problemas. Consideramos que no Paraná já tem 3 milhões de toneladas perdidas... Se hoje voltar a chover, essa é a previsão da safra", disse o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
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Já na primeira quinzena do mês de janeiro, as chuvas devem retornar ao Sul do Brasil, segundo aponta o mapa do NOAA. Porém, a região central do país e o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) secam. A região Norte seguirá com chuvas volumosas.
Essa condição de menores volumes e instabilidades sobre a região produtora do Matopiba e Brasil central havia sido alertada pelo diretor do Inmet, Francisco de Assis Diniz, em entrevista no início de janeiro ao jornalista João Batista Olivi.
"Essa estiagem deve se prolongar durante a segunda quinzena de dezembro e entrando a primeira semana de janeiro, podendo, inclusive, se prolongar pela frente", disse Diniz em entrevista ao Notícias Agrícolas.
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Veja fotos das lavouras de soja danificadas pelas altas temperaturas e baixos volumes de chuva:
O mapa do Inmet aponta os acumulados para os próximos 7 dias em todo o Brasil, entre 27 de dezembro até 1º de janeiro, e confirmam a tendência apontada pelo mapa do instituto norte-americano. Chuvas mais localizadas no Brasil central e menos no Sul e em áreas do Matopiba.
Veja o mapa de precipitação acumulada dos próximos 7 dias em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
Para esta quinta-feira (27), o Inmet emitiu alerta de chuvas intensas para a maior parte do estado de Minas Gerais. São esperadas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 Km/h). O risco de danos é baixo.
Veja o mapa com a previsão de precipitação acumulada para até 174 horas (28/12 a 03/01) em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
Ocorrência de chuvas chegando conforme as previsões. Envio de Valdir Fries
A chuva retornou em Campo Novo (RS) após 23 dias de seca. Envio de Rogério Dallagnese
Lavoura de milho em Muitos Capões (RS). Envio de Claudimar Baseggio
Lavouras de soja com alto percentual de perdas por Macrophomina Phaseolina e Phytophthora na Região de Naranjal, Paraguai. Envio do Eng. Agr. Cledison Conte
Soja prejudicada pelo calor em Ponta Porã (MS). Envio de Evanildo
Temporal se aproximando em Itaiópolis (SC). Envio de Paulo Adamek
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1 comentário
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FABIANO DALL ASTA Canarana - MT
Atravessei desde o MT até o norte do RS ontem e hoje. Vai quebrar no mínimo 10 milhoes de toneladas de soja.... Em todas as regioes as lavouras foram muito prejudicadas por falta de agua. A regiao de Rio Verde as lavouras tem problemas. A regiao de Maringa e Campo Mourao a perda é grande. Lavouras de 65 sc , darao 40. E olhe lá...
Pra quem é do ramo dá pra enxergar quando qualquer mancha de solo mais fraco está sentindo a falta de agua. A região de Pato Branco tambem foi afetada. Muito diferentes dos outros anos que passei.