Tempo: Chuvas volumosas retornam para o estado do Paraná somente na semana do Natal; produtores seguem em alerta
Imagem de satélite de todo o Brasil nesta terça-feira (11) - Fonte: Inmet
A previsão do tempo aponta para o retorno das chuvas à região Sul do Brasil a partir desta semana pelo estado do Rio Grande do Sul, mas apenas na próxima é que essas precipitações chegam ao Paraná. No entanto, os acumulados mais expressivos somente voltam ao estado próximo do início da semana do Natal. Com isso, produtores de soja estão em alerta.
As lavouras da oleaginosa estão com plantio praticamente finalizado no estado, de acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural). As preocupações com as chuvas aumentam a cada dia em algumas regiões produtoras. Algumas cidades da região Noroeste, inclusive, não recebem precipitações desde o final do mês de novembro.
"Devemos ter a volta das chuvas para a próxima semana, mas em baixos volumes. Mais perto do Natal podemos ter chuvas mais volumosas, então se essa condição se confirmar, acredito que o produtor não tenha perdas por estiagem, a não ser situações isoladas como no Noroeste do estado", destaca Nelson Harger, coordenador estadual de grãos da Emater/PR.
Veja o mapa com a previsão de precipitação acumulada para até 174 horas (12/12 a 18/12) em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
Em Castro (PR), por exemplo, a última precipitação acumulada volumosa foi registrada apenas no dia 30 de novembro, de acordo com dados levantados pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O município de Ventania (PR), registrou acumulado acima de 20 milímetros pela última vez em 18 de novembro. Produtores estão atentos com a condição.
Segundo levantamento feito pela Reuters, nos últimas 15 dias, os acumulados de chuva registrados ficaram abaixo da média em praticamente todo o Estado do Paraná e em parte de Mato Grosso do Sul, enquanto Mato Grosso ainda foi beneficiado por precipitações, em algumas localidades até acima do normal para esta época do ano.
Leia mais:
» Falta de chuvas no Sul do Brasil acende alerta para safra de soja
Veja o mapa de precipitação acumulada nos últimos 15 dias em todo o Brasil:
Fonte: Inmet
"A região Noroeste talvez seja a que mais preocupa. No Sul e Norte, em função das chuvas de outubro, não há relatos de problemas. As lavouras de soja do Oeste também não têm relatos de problemas, mas pelo período de desenvolvimento preocupam um pouco mais", disse Nelson Harger.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta segunda-feira (10), Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) destacou que as chuvas devem retornar ao estado do Paraná nos próximos dias. Ainda nesta semana, no entanto, a condição mais úmida segue concentrada sobre a faixa Sul do Rio Grande do Sul.
"A chuva está voltando, mas beneficia o estado do Rio Grande do Sul. Os demais estados ainda terão que esperar um certo tempo até chegar essa chuva e uma forma generalizada. As precipitações devem chegar aos outros estados daqui uma semana ou um pouco mais", destacou o meteorologista.
De acordo com o modelo Cosmo do Inmet, instabilidades serão vistas sobre a região Sul do Brasil de forma mais generalizada apenas no início da próxima semana. No entanto, apenas no dia 18 de dezembro é que uma condição de precipitações mais volumosas retorna para o estado do Paraná.
De acordo com Harger, a situação no estado é de alerta, mas não generalizada. Caso as chuvas previstas nos próximos dias de fato cheguem às regiões produtoras doo estado, o coordenador de grãos diz acreditar que as lavouras ainda consigam se recuperar e não apresentar perdas.
Por outro lado, a condição mais seca tem contribuído para o controle da ferrugem asiática da soja no estado. "Essa seca tem ajudado, em outro aspecto, a minimizar a dispersão da ferrugem. Neste mês de dezembro, agora mais seco, somente em 10 coletores novos apareceram esporos, enquanto que em novembro registramos 49 coletores com esporos", pondera Harger.
Segundo modelos estendidos do centro de previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), as precipitações ficaram concentradas sobre o Norte e partes do Sudeste e extremo Sul. De 19 a 27 desse mês, os acumulados seguem nessa faixa, mas aparecem com mais força no extremo Norte do país e avança mais ao centro da região Sul.
Veja o mapa com a tendência de precipitação acumulada para o período de 11 de dezembro até 27 de dezembro:
Fonte: National Centers for Environmental Prediction/NOAA
» Clique e veja mais informações na página de Clima e acompanhe cinco satélites em tempo real
2 comentários
Reta final de 2024 deve ter boas chuvas na maior parte do Brasil
Último dia da Primavera marcado por temporais e tempo abafado no Brasil | Previsão 20/12/2024
Nottus projeta chuvas acima da média e baixa incidência de ondas de calor para o verão no Brasil
Chuva retorna ao Centro-Sul com maiores intensidades previstas em áreas do Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás
Site da Epagri/Ciram passa a oferecer download gratuito de dados meteorológicos
Confira a previsão do tempo para esta quinta-feira (19) para todo o Brasil
Yuri Raffler Sao Alberto Paraguay - PR
Até retornar as chuvas a soja ja derreteu. Melhor não negligenciar a realidade..
Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR
Como é que é? as perdas serão pontuais se chover no Natal? Esse Nelson Harger deve ter fumado alguma coisa. Se chover no Natal a quebra será histórica. Uma infinidade de lavouras não irá produzir nada. Repito: NADA. Será que é má fé ou incompetência? Já estamos a 15 dias sem chuva. Umidade do solo é zero, calor de 34ºC. Dizer que podemos esperar mais 14 dias assim, com perdas pontuais? Que vergonha para a Emater.
Tá de brincadeira, perdas pontuais???, sai de dentro do escritório e corre o Paraná pra ver a situação, falar em perdas pontuais se chover daqui a 14 dias é esconder a realidade
Se Deus é por nós , quem será contra nós ? Devemos confiar e acreditar , pq as misericórdias do senhor se renovam a cada manhã ...
Está na hora do agricultor fazer palhada na lavoura, e parar com essa choradeira...
Leonardo,vai pentear macaco.