Argentina: volta do La Niña pode prejudicar safra de verão, diz meterologista
Na Argentina, a umidade disponível nos solos da regiao dos Pampas irá permitir um bom desenvolvimento dos cultivos de inverno, mas há dúvidas para a safra de verão.
Segundo Eduardo Sierra, meteorologista, o estados os perfis de solo possibilitará uma boa evolução inicial do trigo e da cevada, com poucos danos produzidos pelo frio úmido e pelas geadas, chegando ao final do inverno com mais umidade no leste do território do que no oeste de Buenos Aires e de Córdoba e em La Pampa.
Os problemas, contudo, podem aparecer na primavera, com o plantio de cultivos de verão. O La Niña que atingiu o teritório em 2018 não foi embora por completo, segundo Sierra. O meteorologista visualiza que o fenômeno está atuando no Hemisfério Norte e que, posteriormente, deve retornar com intensidade fraca ao Hemisfério Sul.
Ou seja, o La Niña estaria em "modo de espera" neste período do ano no Hemisfério Norte e poderia voltar para o Hemisfério Sul a partir de setembro ou outubro, diminuindo as chuvas da primavera.
Os modelos meteorológicos utilizados por Sierra antecipam uma tendência neste sentido e apostam em chuvas abundantes para o Noroeste Argentino e para a Bolívia, mas abaixo do normal em Córdoba, oeste de Buenos Aires, Santa Fe e La Pampa no mesmo período.
Tradução: Izadora Pimenta
4 comentários
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Antonio Reginaldo de Sá Filho SALGUEIRO - PE
Fazendo uma analise de produtor (não sou especialista no assunto, e nem aceito o titulo de profeta da chuva), mas estamos no mês de junho, a temperatura encontra-se para a máxima mais ou menos de 35º e a minima mal chega a 20º..., isto é temperatura de segunda quinzena de setembro em diante, alem de um acumulado nos últimos sessenta dias de 21 mm de precipitação..., pelos meus cálculos matemáticos, faço previsão em que janeiro mal teremos 50 mm de chuva, mas março - como dizem meus vizinhos do Ceara - "São José proverá", ultrapassará a casa dos 140 mm tranquilo..., então acredito eu que teremos um leve aquecimento a partir de outubro, gerando um el-nino fraco.
Seu Antônio, o maior centro de clima do mundo lançou um relatório ontem falando exatamente isso! Seu conhecimento adquirido na prática faz todo o sentido. Diferente do que pensa o colega argentino,o NOAA já coloca como 65% de probabilidade de termos El Niño já para a próxima safra verão.
http://www.cpc.ncep.noaa.gov/products/analysis_monitoring/lanina/enso_evolution-status-fcsts-web.pdf
Vilson Ambrozi Chapadinha - MA
O dr Molion sempre manteve dois anos de la niña, em similaridade com um el niño forte em 97/98, seguido de dois eventos la niña 98/99 99/00
iri.columbia.edu
Antonio Nascimento campo mourão - PR
Sinuca de bico! Dias atras foi noticiado aqui no NA que estariamos com 48% de tendencia para El Nino para proxima safra verão, agora essa justamente o contrario. Inconstante como sempre. Vamos ter um acerto proximo ao plantio, neutralidade talvez , a velha cirurgia anuncia
Antonio, esse pessoal nao acerta nem previsao do dia, que dirá para daqui alguns dias ou meses. Aqui é quase tudo no achismo.
É difícil acertar Elton, sabe por que? Praticamente não existem estações meteorológicas no Brasil. Para você comparar: nos Estados Unidos a rede conectada é de mais de 30 mil estações, já no Brasil o número de estações do INMET não chega a 600. Aí complica!
Sr. João Oliveira, segue parte do abstratc do trabalho de diversos pesquisadores renomados do Brasil, cujo título é: Mapa de classificação climática de Köppen para o Brasil ... trabalho este editado em Fonte: Meteorologische Zeitschrift , Volume 22, Número 6, dezembro de 2013, pp. 711-728 (18) ... ... "Considerando a importância da classificação climática de Köppen para o Brasil (geografia, biologia, ecologia, meteorologia, hidrologia, agronomia, silvicultura e ciências ambientais), desenvolvemos um sistema de informações geográficas para identificar os tipos climáticos de Köppen com base em dados mensais de temperatura e precipitação de 2.950 estações meteorológicas. Os mapas de temperatura foram espacialmente descritos usando equações multivariadas que levaram em consideração as coordenadas geográficas e a altitude; e a resolução do mapa (100 m) foi semelhante ao modelo de elevação digital derivado da missão de topografia de radar de vaivém. Padrões de precipitação foram interpolados usando krigagem, com a mesma resolução de mapas de temperatura. O mapa climático final obtido para o Brasil (851.487.700 ha) possui alta resolução espacial (1 ha) que permite observar as variações climáticas ao nível da paisagem. Os resultados são apresentados em mapas, gráficos, diagramas e tabelas, permitindo aos usuários interpretar a ocorrência de tipos climáticos no Brasil. As zonas e os tipos de clima são referenciados às montanhas, planaltos e depressões mais importantes, marcos geográficos, rios e bacias hidrográficas e grandes cidades em todo o país, tornando a informação acessível a todos os níveis de usuários. O mapa climático não só mostrou que as zonas A, B e C representam aproximadamente 81%"... ... Veja que o número de estações é bem maior que as 600 do INMET...
Para fins de previsão do tempo, ao menos deveria ter dados de pressão barométrica, que é a principal variável modificadora do tempo. No estudo em questão, como em praticamente todas os sistemas de classificação climática, o que importa é a distribuição apenas de temperatura e precipitação. Nesse caso é possível encontrar mais de 600 estações, com certeza. Na verdade, atualmente esse número é próximo de 7 mil se considerarmos as estações da ANA, CEMADEN, aeroportos, INMET, fundações estaduais etc etc. Mas estações oficiais, completas, disponíveis como dado público, são apenas as do INMET e não passam de 600. O caminho é criar uma rede privada, aí todos ganham.
JoãoDaiana Oliveira Goiânia - GO
Correção: o nome da profissão é MeteOrologista.