Depois da maior seca em 50 anos, Argentina começa a avaliar os efeitos diretos
A maior seca em 50 anos, que esteve presente nos campos argentinos durante cinco meses - até que, há 15 dias, as chuvas voltaram de forma generalizada - afetou mais de 80% da área agrícola a nível nacional.
Por conta da seca, a produção de soja, o principal cultivo do país, irá ter uma queda de quase 20 milhões de toneladas em relação à safra passada. De uma safra de 57,5 milhões de toneladas, agora serão colhidas, segundo a última estimativa da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 38 milhões de toneladas, uma queda de 34%. No milho, de uma safra de 39 milhões de toneladas estimada inicialmente, agora estão sendo aguardadas 32 milhões de toneladas, 18% a menos.
No ano passado, a safra total da Argentina foi de 130,2 milhões de toneladas. Deste volume, foram exportadas 90,7 milhões de toneladas. Para este ano, a produção deve ficar em 103 milhões de toneladas, segundo a consultoria Agritrend, das quais devem ser exportadas 74 milhões de toneladas, causando uma perda de cerca de US$3,5 bilhões nos ingressos.
O impacto também pode ser visto em outros setores. Segundo um boletim da Escola de Economia e Negócios da Universidade Nacional de San Martín, por cada milhão de toneladas a menos produzido serão perdidos 34 mil fretes em caminhão.
Em emergência
Neste contexto, segundo dados do Ministério da Agroindústria da Argentina, Corrientes, Santa Fe e Santiago del Estero já emitiram um decreto provincial que declara a emergência em seus territórios. Entre Ríos emitiu uma declaração que já foi homologada pelo governo nacional.
(Fonte: La Nación)
No caso de Buenos Aires, a comissão de emergência da província declarou a emergência para 27 municípios, que envolvem 3,5 milhões de hectares, aguardando a assinatura da governadora, María Eugenia Vidal. Córdoba e La Pampa também devem realizar suas declarações.
A declaração de emergência, segundo a Agroindústria, oferece benefícios aos produtores dessas regiões no que tange a pagamentos de impostos e outras obrigações.
Tradução: Izadora Pimenta
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