Represas abandonadas em 1910 seriam causa da inundação no norte de Buenos Aires, na Argentina

Publicado em 28/12/2016 08:38

Represas construídas na bacia do Rio Arrecifes, no norte da província de Buenos Aires, Argentina, mas que estão abandonadas desde 1904, agravam a situação das inundações na região, segundo alertaram produtores ao jornal La Nación.

Juan Pablo Rossi, produtor da área, recordou que em 1902 o Estado Naqcional projetou a construção do denominado "Canal do Norte da Província de Buenos Aires", que começou a ser construído em 1904 e foi abandonado em 1910.

"Este canal pretendia, mediante um sistema de portões e fechaduras, converter o Rio Arrecifes e seus afluentes principais em cursos de águas navegáveis, funcionando como o canal do Panamá, mas no norte de Buenos Aires", disse o produtor.

Hoje, segundo Rossi, esses portões abandonados dificultam a circulação normal da água e agravam o transbordamento do rio.

"Depois do abandono em 1910, os portões continuam ali. Somente durante o governo militar alguns deles foram dinamitados parcialmente, deixando nos cursos de água os escombros, ainda sem retirar, que fazem obstáculo para a passagem da água. Não estamos falando de construções pequenas, são paredes de entre 6 a 8 metros de altura e 2 metros de espessura que, em alguns casos, ocupam dois terços do canal do rio e, em alguns casos, a metade do mesmo", indicou.

O produtor detalhou que esses obstáculos, que dificultam a passagem de água, estão divididos por toda a bacia, desde Salto e Pergaminho, passando por Arrecifes até Baradero.

Além dos problemas com as construções abandonadas, as margens dos rios da bacia estão invadidas pela acácia-negra, que também atrapalha o fluxo livre da água.

A bacia do Rio Arrecifes se encontra no norte da província de Buenos Aires e envolve os municípios de San Pedro, Baradero, Arrecifes, Capitán Sarmiento, Pergamino, Salto, Chacabuco, Colón, General Arenales, Junín e Rojas, na província de Buenos Aires. Ocupa também parte dos departamentos de Constitución e General López, em Santa Fe.

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Tradução: Izadora Pimenta

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Fonte:
La Nación - Campo

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