EUA: Chuvas intensas no Meio Oeste podem comprometer potencial produtivo da safra 2015/16
Chuvas generalizadas previstas para o início da semana - Fonte: AGWeb
Esta semana se inicia exatamente como terminou a última no Meio-Oeste dos Estados Unidos: com muita chuva e preocupação dos produtores norte-americanos. "Temos, definitivamente, um junho muito úmido", resumiu o analista de mercado do site norte-americano Agriculture.com, Mike McGinnis.
As últimas previsões climáticas seguem mostrando que os próximos dias devem continuar registrando esse excesso de chuvas nas principais regiões produtoras de grãos do país e comprometendo os trabalhos de campo - como a conclusão do plantio da soja e a colheita do trigo de primavera - bem como o desenvolvimento das lavouras de verão.
Nesta segunda-feira, ainda de acordo com informações do Agriculture.com, foram registradas inundações em Oklahoma e Iowa, onde choveu, nesta madrugada, mais de 76 mm, e esse quadro climático deve se estender até o final de junho.
Segundo informou o site norte-americano AgWeb, os meteorologistas esperam uma semana quente e úmida pela frente, principalmente na região das Planícies. "Continua a tendência de temperaturas um pouco mais elevadas de uma forma geral em todo os EUA, embora o calor diminua nos estados centrais, onde o clima ainda mais úmido continua", explica Krissy Klinger, meteorologista ouvido pelo portal internacional.
Os mapas abaixo são do boletim climático do Agriculture.com, com informações do instituto meteorológico Freese-Notis Weather e mostram que essas chuvas excessivas devem se estender, pelo menos, até o dia 26 de junho.
Previsão até 16 de junho - Fonte: Agriculture.com
Previsão de 17 a 21 de junho - Fonte: Agriculture.com
Previsão 22 a 26 de junho - Fonte: Agriculture.com
Um levantamento feito pelo portal Farm Futures, também norte-americano, mostrou que, na última semana, 92% da safra de milho dos EUA receberam chuvas acima da média para esse período do ano. E o mapa que traz a previsão para o período dos próximos sete dias indica ainda que 64% das lavouras poderiam receber 50,8 mm ou mais de chuvas nesse intervalo e, no período de 8 a 14 dias, esse índice subiria para 73%.
Previsão para 22 a 28 de junho - Fonte: NOAA
Com essas condições climáticas, já sofrem tanto as plantas de soja quanto as de milho nos Estados Unidos. E já se acende um sinal de alerta para essa nova safra, segundo o fisiologista brasileiro Elmar Floss.
"Com as imagens que podemos observar chegando dos EUA há várias regiões que sofrem com o encharcamento do solo. No caso americano, o milho é uma cultura mais sensível ao encharcamento do que a própria soja, e esse processo diminui o oxigênio do solo e, consequentemente, há um menor desenolvimento do sistema radicular e uma menor absorção dos nutrientes", explica. "Além da lixiviação de nutrientes, especialmente o nitrogênio, o enxofre, o boro, aqueles que têm cargas negativas e que não se prendem ao solo", completa.
Assim, as lavouras norte-americanas - que estão na fase da emergência - precisariam de um tempo um pouco mais seco e da luz da solar para se recuperar. "Nessa fase, praticamente tudo o que a folha sintetiza será destinado à formação de raízes. Então, essa é a fase onde planta emite o maior número de raízes e uma planta bem enraizada sofre menos com os estresses hídricos mais à frente, principalmente quando começam a se formar os componentes produtivos. Assim, falta de luz signifca uma menor produção dessas substâncias", diz Floss.
Entretanto, ele lembra ainda que o solo dos Estados Unidos é um tipo que, com a mudança de tempo, rapidamente há a drenagem desse excesso de água, com uma recomposição do oxigênio e a retomada do desenvolvimento. "Para dizermos que esses problemas vão causar perdas irreversíveis nas lavouras de soja seria quando esse encharcamento acontece em períodos superiores a 10, 12, 14 dias", conclui.
Com informações do site Agriculture.com; Farm Futures e AGWeb.
1 comentário
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ROGER AUGUSTO RODRIGUES Cuiabá - MT
Como diria meu amigo flamenguista Tadeu Schimit: sabe o que isso significa? NADA!!! Chicago só cai...
Roger...tenho colocado neste espaço que iria cair...e não precisa ser nenhum expert para saber disto e porque!!!!! até a cachorrinha do seu Saul sabe disto..com grandes produções..estoques refeitos..previsão de safras normais a frente o preço vai onde..pras quinta de garapuava...igual rabo de cavalo..e sem fato novo vai bater e 8...e o milho ídem...
A materia apresentada é cheia de inverdades...e quais são elas...
1) Chuvas acima da média pós plantio ou na fase inicial as perdas são Ìnfimas..nulas...
2)Estas chuvas são na maioria das vezes até benéficas e atuam no sentido contrário...aumentam o potencial produtivo...estas balelas e lorotas servem para enrolar os neófitos e a baloteiros de plantão(baloteiro é o chutador...que fala e escreve sobre o que não conhece..)
3)Ontem no canal rural um apresentador falou sobre o frio previsto para hoje no sul do país...que traria prejuizos as safras...estes baloteiros de plantão deveriam ou perguntar ou tirar a bunda da cadeira e se INFORMAR....pois nas áreas onde está previsto geadas...serra...planalto..meio oeste catarinense e serra gaúcha não há neste momento lavouras de verão em escala comercial em periodo vegetativo...logo nada muda...
Alías deveriam se informar que o frio é muito benéfico nesta região...pois lá se planta frutas de clima temperado(ah..este temperado não se trata de tempero de alho..sal..etc)que com o frio estas frutas tem o seu potencial produtivo aumentado....logo balota atras de balota...afinal o papel aceita tudo..