Acordo com frigorífico Arantes ficou para 2010
Dia 9 de janeiro de 2010 completa um ano que o Grupo Arantes entrou com pedido de recuperação judicial. De lá de para cá muita espera e perseverança dos pecuaristas que têm um mais de R$ 20 milhões para receber. A segunda Assembleia Geral dos Credores - AGC – do Arantes realizada hoje (21), às 10h (horário de Brasília), no Ipê Park Hotel, na Rodovia Washington Luis, São José do Rio Preto - SP - Km 428, deixou claro que essa perseverança deve continuar.
A próxima tentativa de acordo ficou para o dia 12 de janeiro de 2010, no mesmo horário de local que as anteriores. “Os bancos mais uma vez emperraram o acordo. Eles estão se esquecendo que boi não sai dos caixas eletrônicos, não nascem nos cofres das instituições financeiras”, comentou Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat. Ele alerta que, “se o frigorífico não voltar a funcionar e os pecuaristas não entregarem boi para o abate, os banco vão deixar de receber os mais de 1 bilhão de reais que o Arantes deve para eles. Os banqueiros devem pensar melhor antes de agir. Sem o boi essa cadeira produtiva não funcionar”.
“Os bancos não estão preocupados com a situação dos pecuaristas e trabalhadores. Eles se reúnem madrugada afora e decidem o que quiserem, pois tem a força econômica do lado deles. Afinal os pecuaristas e os trabalhadores juntos não representam 3% da divida total do Arantes”, disse o presidente da Comissão de Credores dos Frigoríficos em Recuperação Judicial de Mato Grosso, Marcos da Rosa. “Além de termos que esperar mais de um ano para receber o que temos direito, temos que investir pesado para acompanhar as assembleias gerais. Isso é muito desgastante e frustrante, mas vamos continuar brigando por nossos direitos”, garantiu Marcos da Rosa.
Nenhuma nova proposta foi apresentada pelo Arantes. A proposta oficial do frigorífico para os pecuaristas continua sendo o de pagamento da dívida em 12 parcelas, sem correção de juros e garantias de pagamento, a contar a partir da homologação do Plano na AGC. Os pecuaristas continuam exigindo juros e correção monetária da dívida pela taxa Selic a partir da data do pedido da Recuperação Judicial, e pagamento em 90 dias após a homologação do Plano na assembleia.
“Vamos para a terceira tentativa com a mesma disposição da primeira, e avisamos que não vamos aceitar a proposta que consta no Plano oficial. Além de não nos darem nenhuma garantia, ainda não aceitam corrigir a divida”, anunciou o superintendente da Acrimat.
Em Mato Grosso a dívida do Arantes chega a R$ 13 milhões com pecuaristas, e com os produtores de Cachoeira Alta (GO), Imperatriz (MA) e Unaí (MG), o montante é de R$ 7 milhões. A dívida do frigorifico com demais fornecedores é de mais de R$ 30 milhões e com os trabalhadores cerca de R$ 10 milhões. A maior fatia, no entanto, é junto a 22 instituições bancárias com R$ 1,1 bilhão.
A Recuperação Judicial do Arantes
O Grupo Arantes entrou com pedido de recuperação na data de 9 de janeiro de 2009, perante o Juízo da Vara Única da Comarca de Nova Monte Verde, em Mato Grosso. O Juízo de Nova Monte Verde deferiu o pedido no dia 12 de janeiro. O processo saiu da Comarca de Mato Grosso e no dia 6 de março foi protocolado em São José do Rio Preto (SP) e no dia 16, do mesmo mês, o processo foi encaminhado para São Paulo (SP) retornado para a 8ª Vara Cível de São José do Rio Preto no dia 18 de junho.
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