IBGE: 2024 registra recorde no abate de bovinos, frangos e suínos
Em 2024, foram abatidas 39,27 milhões de cabeças de bovinos, representando um aumento de 15,2% frente ao ano anterior, dando sequência à tendência de crescimento verificada em 2022.
No acumulado de 2024, foram abatidas 6,46 bilhões de cabeças de frangos, alta de 2,7% (+172,73 milhão de cabeças) em relação ao ano de 2023, alcançando novo recorde da série histórica iniciada em 1997.
Quanto ao abate de suínos, em 2024, foram abatidas 57,86 milhões de cabeças de suínos, aumento de 1,2% (+684,24 mil cabeças) em relação ao ano de 2023, estabelecendo novo recorde na série histórica desde 1997.
A aquisição de leite cru acumulada em 2024 foi de 25,38 bilhões de litros, um acréscimo de 3,1% sobre a quantidade registrada em 2023. O ano de 2024 é o segundo ano de crescimento na aquisição de leite, após passar por dois anos de quedas consecutivas.
A produção de ovos de galinha, em 2024, foi de 4,67 bilhões de dúzias, aumento de 10,0% em relação ao ano anterior, atingindo um novo recorde de produção na série histórica da Pesquisa.
Em 2024, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 40,08 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, quantidade 16,8% maior que a registrada no ano anterior.
No 4º trimestre de 2024, o abate de bovinos aumentou 4,4% em relação ao 4° trimestre de 2023 e teve queda de 7,9% comparado ao trimestre imediatamente anterior. O abate de frangos, no 4° trimestre de 2024, registrou aumento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023 e queda de 1,1% na comparação com o 3° trimestre de 2024. Já o abate de suínos, no 4° trimestre de 2024, representou aumento de 0,9% em relação ao mesmo período de 2023 e queda de 4,6% na comparação com o 3° trimestre de 2024.
A aquisição de leite, no 4° trimestre de 2024, foi de 6,79 bilhões de litros, acréscimo de 4,6% em relação ao 4° trimestre de 2023, e aumento de 6,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
Foram produzidas 1,2 bilhão de dúzias de ovos de galinha no 4º trimestre de 2024, correspondendo a um aumento de 12,4% em relação à quantidade apurada no 4° trimestre de 2023 e crescimento de 0,2% sobre a registrada no trimestre imediatamente anterior.
Já a aquisição de peças inteiras de couro cru pelos curtumes registrou, no 4° trimestre de 2024, aumento de 11,2% em relação ao adquirido no 4° trimestre de 2023 e um decréscimo de 5,7% frente o 3° trimestre de 2024, somando 9,95 milhões de peças de couro cru.

Em 2024, abate de bovinos atinge o maior resultado obtido no histórico da pesquisa
Foram abatidas, em 2024, 39,27 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, com aumento de 15,2% frente ao ano anterior.
Esse resultado dá sequência à tendência de crescimento verificada em 2022 e é o maior resultado obtido no histórico da pesquisa, superando o registrado em 2013, até então o maior valor da série.
Em 2024, o abate de fêmeas apresentou alta pelo terceiro ano consecutivo, com um incremento de 19,0% em comparação ao ano passado. O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,55 milhões de toneladas), registradas pela série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O abate de 5,17 milhões de cabeças de bovinos a mais, no comparativo 2024/2023, foi causado por aumentos em 26 das 27 Unidades da Federação. Os acréscimos mais expressivos, nas Unidades da Federação com 1,0% ou mais de participação ocorreram em: Mato Grosso (+1,14 milhão de cabeças), Minas Gerais (+670,26 mil cabeças), São Paulo (+558,61 mil cabeças), Pará (+551,44 mil cabeças), Goiás (+472,65 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+456,87 mil cabeças). Em contrapartida, a única queda registrada ocorreu no Rio Grande do Sul (-153,50 mil cabeças).
Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2024, com 18,1% da participação nacional, seguido por Goiás (10,2%) e São Paulo (10,2%).
No 4º trimestre de 2024, foram abatidas 9,56 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Houve alta de 4,4% frente o 4º trimestre de 2023 e queda de 7,9% em relação ao 3º trimestre de 2024. As exportações impulsionaram a atividade, crescendo cerca de 20,3%, e atingiram recordes no período (700,92 mil toneladas no último trimestre em 2024 contra 582,57 mil toneladas no mesmo trimestre em 2023).
Abate de frangos registra recorde na série histórica
No acumulado do ano, foram abatidas 6,46 bilhões de cabeças de frango, incremento de 2,7% (+172,73 milhão de cabeças) em relação ao ano de 2023, estabelecendo novo recorde da série histórica iniciada em 1997.
Numa comparação mensal entre os anos de 2024 e 2023, o mês de abril apresentou a maior alta (+73,46 milhões de cabeças), e, em contrapartida, o mês de março apresentou a maior queda (-52,40 milhões de cabeças).
Em 2024, as exportações de carne de frango in natura alcançaram recordes na série histórica da Secex, tanto em volume exportado, como em faturamento em dólares. O abate de 172,73 milhões de cabeças de frangos a mais em 2024, em relação ao ano anterior, foi determinado por aumento no abate em 19 das 25 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+53,28 milhões de cabeças), Santa Catarina (+51,92 milhões de cabeças), São Paulo (+40,21 milhões de cabeças), Mato Grosso (+20,13 milhões de cabeças), Minas Gerais (+13,84 milhões de cabeças), Goiás (+12,60 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (+7,17 milhões de cabeças), Pernambuco (+6,11 milhões de cabeças) e Bahia (+2,33 milhões de cabeças). Em contrapartida, somente ocorreu queda no Rio Grande do Sul (-49,91 milhões de cabeças).
Paraná continuou liderando amplamente o ranking das UFs no abate de frangos em 2024, com 34,2% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,8%) e logo em seguida por Rio Grande do Sul (11,4%).
No 4º trimestre de 2024, foram abatidas 1,62 bilhão de cabeças de frangos. Esse resultado significou aumento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023 e queda de 1,1% na comparação com o 3° trimestre de 2024. Impulsionado pelos recordes nos abates nos meses de outubro e novembro, esse desempenho significou o melhor 4° trimestre da série histórica iniciada em 1997.
Com aumento de 1,2%, abate de suínos atinge novo recorde
Em 2024, foram abatidas 57,86 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 1,2% (+684,24 mil cabeças) em relação ao ano de 2023, e estabelecendo novo recorde na série histórica da pesquisa.
Numa comparação mensal entre os anos de 2024 e 2023, o mês de abril de 2024 apresentou a maior alta (+666,86 mil cabeças de suínos), superando os meses de janeiro, fevereiro, julho, setembro e outubro que também apresentaram variação positiva. No acumulado de 2024, as exportações de carne suína in natura alcançaram recordes na série histórica da Secex.
O abate de 684,24 mil cabeças de suínos a mais em 2024, em relação ao ano anterior, foi impulsionado por aumentos no abate em 14 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+281,36 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+189,56 mil cabeças), Minas Gerais (+149,62 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+64,29 mil cabeças), São Paulo (+50,87 mil cabeças) e Goiás (+5,51 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Mato Grosso (-24,35 mil cabeças) e Santa Catarina (-14,18 mil cabeças).
Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2024, com 29,1% do abate nacional, seguido por Paraná (21,5%) e Rio Grande do Sul (17,1%).
No 4º trimestre de 2024, o abate de suínos somou 14,28 milhões de cabeças, aumento de 0,9% ante ao mesmo período de 2023 e queda de 4,6% na comparação com o 3° trimestre de 2024. Este resultado significou o melhor 4° trimestre da série histórica iniciada em 1997.

Nota: Os dados relativos ao ano de 2024 são preliminares.
Em 2024, aquisição de leite fica em segundo lugar na série histórica
Os laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram, em 2024, 25,38 bilhões de litros, acréscimo de 3,1% sobre a quantidade registrada em 2023. O ano de 2024 é o segundo ano de crescimento na aquisição de leite, após passar por dois anos de quedas consecutivas. A aquisição deste ano está em segundo lugar na série histórica sendo a maior desde o recorde de 25,64 bilhões de litros de leite observados em 2020.
Na comparação mensal, todos os meses apresentaram variação positiva em relação a 2023, sendo que a variação mais significativa foi constatada em dezembro (+152,11 milhões de litros). Se considerada a produção ao longo de 2024, o preço médio do litro de leite adquirido ficou entorno de R$ 2,61. Um aumento de 7% se comparado ao preço médio das aquisições do ano de 2023 (R$ 2,44). Para além do crescimento dos preços no período, os laticínios registraram um aumento ainda maior entre os quartos trimestres de 2023 e 2024 na ordem de 31,4%, saindo de R$2,10 para R$2,76, respectivamente.
Houve acréscimo de 773,35 milhões de litros de leite, em nível nacional, no comparativo de 2024 e 2023, relacionado ao aumento no volume captado em 15 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas absolutas mais consideráveis ocorreram em Minas Gerais (441,07 milhões de litros), Paraná (257,62 milhões de litros) e Santa Catarina (93,42 milhões de litros). Em contrapartida, ocorreram decréscimos em 11 estados, sendo que os mais expressivos foram verificados no Rio Grande do Sul (-54,26 milhões de litros), São Paulo (-50,92 milhões de litros) e Rondônia (-22,91 milhões de litros).
Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,9% da captação nacional, seguido por Paraná (15,4%) e Santa Catarina (13,0%).
No 4º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 6,79 bilhões de litros, incremento de 4,6% em relação ao 4° trimestre de 2023, e aumento de 4,5% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
Por mais um ano, produção de ovos de galinha registra recorde na série histórica
A produção de ovos de galinha, em 2024, foi de 4,67 bilhões de dúzias, um aumento de 10,0% em relação ao ano anterior. Por mais um ano, o total da produção anual é um recorde na série histórica da Pesquisa.
Ao longo de 2024, o setor avícola foi impulsionado pelos aumentos nos preços relacionados a outras proteínas, com demandas internas e externas aquecidas. Além disso, o crescimento do setor de frangos para corte influencia diretamente na produção de ovos para incubação.
A produção de 423,72 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo de 2024 e 2023, foi consequência do aumento de produção em 25 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa, sendo que o único decréscimo foi observado no Maranhão. Os aumentos mais expressivos ocorreram em: São Paulo (+92,37 milhões de dúzias), Minas Gerais (+80,23 milhões de dúzias), Pernambuco (+69,74 milhões de dúzias) e Espírito Santo (+35,61 milhões de dúzias).
O Estado de São Paulo apresentou um acréscimo de 8,2% em sua produção, comparando com o ano anterior, e seguiu como responsável pela maior produção dentre as UFs, liderando o ranking anual dos estados em produção de ovos de galinha, com 26,0% da produção nacional, seguido pelo Paraná (9,8%), Minas Gerais (9,7%) e Espírito Santo (8,0%). Em 2024, mais da metade das granjas, 1 136 (53,7%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 82,1% do total de ovos produzidos, enquanto 979 granjas (46,3%) produziram ovos para incubação, respondendo por 17,9% do total de ovos produzidos.
No 4º trimestre de 2024, a produção de ovos de galinha alcançou de 1,2 bilhão de dúzias, correspondendo a um aumento de 12,4% em relação à quantidade apurada no mesmo trimestre de 2023 e crescimento de 0,2% sobre a registrada no trimestre imediatamente anterior. O 4º trimestre de 2024 apresentou a maior produção do ano, se comparado aos períodos anteriores, e foi também a maior quantidade já estimada pela pesquisa.
Aquisição de couro aumenta 16,8% em 2024
Em 2024, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 40,08 milhões de peças inteiras de couro cru bovino. Essa quantidade foi 16,8% maior que a registrada no ano anterior, e o mês de maior variação foi abril (+32,4%).
O aumento de 5,77 milhões de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo 2024/2023, foi influenciada pelo incremento do recebimento de peles bovinas em 13 das 17 Unidades da Federação participantes da pesquisa. As variações positivas mais significativas ocorreram em Goiás (+690,8 mil peças), Mato Grosso (+672,1 mil peças)e Mato Grosso do Sul (+347,6 mil peças). Por outro lado, a redução mais significativa ocorreu no Rio Grande do Sul (-33,86 mil peças).
No ranking das UFs, Goiás passou a liderar a recepção de peles pelos curtumes em 2024, com 17,6% de participação nacional, seguido por Mato Grosso (16,4%) e Mato Grosso do Sul (12,3%).
Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 9,95 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no 4º trimestre de 2024. Essa quantidade representa um aumento de 11,2% em relação ao adquirido no 4° trimestre de 2023 e um decréscimo de 5,7% frente o 3° trimestre de 2024.
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