China levanta restrições comerciais finais sobre processadores de carne australianos

Publicado em 03/12/2024 07:45 e atualizado em 03/12/2024 08:29

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CANBERRA/SYDNEY, 3 de dezembro (Reuters) - A China suspendeu as restrições comerciais em duas unidades de processamento de carne australianas, permitindo a retomada total das exportações de carne vermelha para o país, informou o governo australiano na terça-feira.

Pequim já removeu as restrições de todos os 10 frigoríficos australianos que foram proibidos entre 2020 e 2022.

As proibições foram impostas na mesma época em que a China bloqueou as importações de commodities, incluindo carvão, cevada e vinho da Austrália, depois que Canberra pediu uma investigação independente sobre a origem da COVID-19.

Quase todas essas restrições foram removidas desde que um novo governo assumiu o poder em Canberra em 2022, com o comércio de lagosta, o último produto proibido, previsto para ser retomado até o final do ano.

"Esta é uma ótima notícia para exportadores, produtores e agricultores australianos", disse o primeiro-ministro Anthony Albanese em um comunicado.

"Desde que fomos eleitos, trabalhamos incansavelmente para retomar o comércio e é exatamente isso que estamos vendo. É uma vitória para o comércio e uma vitória para os empregos australianos."

Dados comerciais australianos mostram que a China é o segundo maior mercado para carne bovina e de vitelo australiana, depois dos Estados Unidos, recebendo cerca de 200.000 toneladas métricas por ano, no valor de cerca de US$ 1,5 bilhão nos últimos anos.

A Austrália ainda conseguiu enviar carne bovina para a China quando os matadouros foram proibidos porque outros processadores não estavam sujeitos a restrições.

As exportações de carne bovina australiana aumentaram este ano, à medida que o país preenche a lacuna deixada pela baixa produção dos EUA, embora a maior parte do aumento tenha ocorrido em remessas para os Estados Unidos e o Japão.


Reportagem de Lewis Jackson e Peter Hobson; Edição de Jacqueline Wong e Lincoln Feast.

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Fonte:
Reuters

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