Abiec diz que lançamento do Protocolo do Cerrado reforça meta da entidade de fomentar monitoramento na compra de gado no Brasil
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) participou, na noite da última terça-feira (23), em São Paulo, do lançamento do Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado, o “Protocolo do Cerrado”, que funcionará como um manual, definindo os critérios de compra responsável, com o objetivo de contribuir para a redução de desmatamento no bioma que concentra aproximadamente 36% de todo o rebanho bovino brasileiro e cerca de 50% dos frigoríficos. O documento é um esforço conjunto, fruto da discussão entre os diversos elos da cadeia produtiva, junto com a sociedade civil e o Ministério Público Federal.
O Protocolo do Cerrado tem a assinatura das organizações Proforest, Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e National Wildlife Federation (NWF) e teve como base uma iniciativa anterior, implantada na Amazônia, com o mesmo objetivo, em 2019, o Boi na Linha.
A Abiec é membro observador na governança do Protocolo do Cerrado. De acordo com o diretor de Sustentabilidade da Abiec, Fernando Sampaio, que representou a entidade no evento, essa força-tarefa sintetizada pelo protocolo tem como objetivo fortalecer os compromissos sociais e ambientais da cadeia de valor da carne bovina no cerrado, impulsionando sua implementação.
“É importante ressaltar que a indústria da carne, no Brasil, já aplica regras de monitoramento da cadeia na Amazônia desde 2009. Isso começou por causa dos compromissos dos frigoríficos com o Ministério Público Federal, mas nós estamos atentos às demandas da sociedade e do mercado por estender esse controle também para o cerrado. O protocolo será uma ferramenta muito importante, pois agrega o entendimento consensual sobre quais são as regras, os critérios, os procedimentos para a compra de gado no cerrado”, afirma Sampaio.
O diretor explica,ainda, que a entidade tem o compromisso de apoiar suas Associadas na redução de risco socioambiental relacionado à originação de gado ampliando esse controle entre as empresas associadas. “Agora no Cerrado há uma ferramenta disponível, voluntária para que as indústrias que atuam nessa região iniciem esse processo de controle.
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