Boi, suíno, frango, milho e farelo de soja em fevereiro e nos dois primeiros meses de 2022
Ainda que até o final do mês os valores abaixo venham a sofrer modificações, parece estar claro que o único dos cinco produtos analisados a encerrar fevereiro com resultado negativo em relação ao mês anterior será o frango vivo. E mesmo que a queda atual não chegue a meio por cento em comparação a janeiro, este será o quarto mês consecutivo de redução de preço do frango vivo que, em relação ao trimestre agosto/outubro/21, acumula redução de 18,33%.
Em fevereiro, o boi – que havia sofrido leve perda de preço em janeiro – voltou a recuperar o valor obtido nos primeiros dias de 2022 e, com isso, mantém estabilidade no mês. Já o suíno registra valorização de 1,84%, enquanto as duas principais matérias-primas do setor, milho e farelo de soja mantêm o ciclo de alta, com aumentos mensais de, respectivamente, 1,94% e 6,26%.
Comparativamente a fevereiro de 2021 a situação do suíno não é tão boa. Aliás, é péssima, pois seu valor médio no mês se encontra mais de 22% aquém do obtido um ano atrás. O frango, por seu turno, não caminha nada melhor, pois alcança valor apenas próximo (mas abaixo) da inflação oficial (de 10,76%, segundo o IPCA-15 divulgado ontem, 23, pelo IBGE). O boi, por sua vez, tem ganho apenas ligeiramente superior (de 13,44%), enquanto os preços do milho apresentam variação anual de, praticamente, 18%.
Nesse contexto, surpreende constatar que o farelo de soja tende a alcançar em fevereiro corrente valor inferior ao de um ano atrás, enquanto na média janeiro/fevereiro a redução pode ficar acima de meio por cento. Uma surpresa que aumenta ao se observar que, no momento, os preços do farelo de soja vêm registrando recorde histórico.
Esse desempenho, no entanto, se restringe aos primeiros meses do ano. Pois, nos 12 meses encerrados em dezembro de 2021 o farelo de soja ficou quase um terço mais caro que em idêntico período anterior. E, em relação a 2019, acumulou alta de 105%.
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