Produção de carne dos EUA recua com disseminação da Ômicron em trabalhadores
Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) – O aumento de infecções por Covid-19 entre trabalhadores norte-americanos forçou frigoríficos a desacelerar a produção e o governo a substituir inspetores de abatedouros, disseram empresas e sindicalistas.
A indústria de carnes é o mais recente setor a sofrer impacto do aumento nos casos da variante Ômicron –altamente contagiosa–, que também deixou companhias aéreas, hospitais e escolas encontrando dificuldades em manter funcionários.
A Cargill Inc, uma das maiores produtoras de carne bovina dos EUA, operou algumas plantas com capacidade de abate reduzida na semana passada, disse o porta-voz Daniel Sullivan.
A menor capacidade de abate reduz a oferta de carne bovina nos EUA em um momento de demanda crescente e significa que os produtores devem manter o gado por mais tempo nos confinamentos ou nas fazendas. Um período sustentado de menor produção pode aumentar ainda mais os altos preços da carne em um momento de temores de inflação.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) estimou que os processadores de carne bovina abateram 112 mil cabeças de gado na sexta-feira, uma queda de cerca de 6% em relação ao ano anterior e igualando os níveis de 3 de janeiro, os menores patamares desde outubro. O abate de suínos, enquanto isso, caiu cerca de 5% em relação ao ano passado na sexta-feira , disse o USDA.
Os inspetores de frigoríficos do USDA estão cada vez mais testando positivo, disse Paula Schelling-Soldner, presidente do Conselho Conjunto Nacional de Inspeção de Alimentos Locais, que representa cerca de 6.400 inspetores de carne e aves.
(Reportagem adicional de adicional de Leah Douglas em Washington e Christopher Walljasper em Chicago)
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