Biden lançará plano para combater gigantes do setor de empacotamento de carne contra a inflação

Publicado em 03/01/2022 09:53

O presidente Joe Biden anunciará planos na segunda-feira para combater o poder de mercado dos conglomerados gigantes que dominam o processamento de carnes e aves, impulsionando uma campanha de meses de duração que culpou as práticas anticompetitivas na indústria por contribuírem para o aumento da inflação dos alimentos.

Biden se juntará ao secretário de Agricultura Tom Vilsack e ao procurador-geral Merrick Garland para se reunir virtualmente com fazendeiros e fazendeiros para ouvir reclamações sobre consolidação no setor, enquanto um portal recém-lançado permitirá que eles relatem práticas comerciais desleais por frigoríficos. A Casa Branca também destacará iniciativas que está tomando para conter o poder econômico dos frigoríficos, incluindo US $ 1 bilhão em ajuda federal para ajudar na expansão de processadores independentes e novas regulamentações de concorrência em consideração.

O anúncio mais recente chama a atenção para a luta de Biden com a indústria da carne e ajuda a classificá-lo como um presidente disposto a enfrentar poderosos interesses comerciais sobre os preços ao consumidor. Muitos democratas temem que meses de negociações sobre o plano econômico de Biden o tenham distanciado demais das preocupações mais urgentes com a mesa da cozinha que os americanos enfrentam.

A inflação rapidamente atingiu o topo das preocupações do público, com o aumento anual dos preços ao consumidor atingindo seu nível mais alto em 40 anos. Os preços das carnes, que em novembro subiram 16% em relação ao ano anterior, foram os que mais contribuíram para a inflação dos alimentos. Representantes da indústria de empacotamento de carne culparam o aumento dos preços na escassez de mão de obra, aumento dos preços dos combustíveis e restrições na cadeia de abastecimento.

O presidente colocou críticos da consolidação corporativa em posições-chave em sua administração, incluindo Lina Khan como presidente da Comissão de Comércio Federal e Jonathan Kanter como procurador-geral assistente para antitruste. 

Quatro grandes frigoríficos controlam mais de 80% da capacidade de processamento de carne bovina dos Estados Unidos, com níveis semelhantes de concentração no processamento de carne suína e de aves. 

Um informativo que a Casa Branca distribuiu aos repórteres afirma que, como resultado, a maioria dos produtores de gado “agora tem pouca ou nenhuma escolha de comprador para seu produto e pouca margem de manobra para negociar”. A Tyson Foods Inc. informou lucros recordes em seu processamento de carne bovina em ganhos trimestrais divulgados em novembro.

A ajuda para processadores independentes de carnes e aves, que virá dos fundos de alívio da Covid, inclui US $ 375 milhões para concessões de financiamento de lacunas e US $ 100 milhões para garantias de empréstimos feitos por bancos privados, de acordo com o informativo.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Bloomberg

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Tiago Henrique Possamai Nova Santa Rosa

    Esses políticos são uma piada, inflacionam a própria moeda através da impressão de dinheiro e depois culpam a cadeia produtiva e o mercado.

    2
    • carlo meloni sao paulo - SP

      NOTICIA PLANTADA PARA DIMINUIR O PREÇO AO PRODUTOR---Quando todo mundo aponta o dedo para o outro, fica bem claro que todos são culpados pela inflação---

      1
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Aí está o final de um artigo publicado no site MISES BRASIL...

      "Políticas keynesianas sempre destroem aquilo que pretendem ajudar e proteger.

      No atual caso, as classes médias, os salários reais e as pequenas empresas estão sendo esmagadas pelo imposto inflacionário (a inflação é um imposto) e pelo aumento de outros impostos, à medida que os governos colhem o benefício das políticas inflacionistas e vão aumentando o tamanho do setor público como consequência.

      Apenas uma drástica reação dos Bancos Centrais pode mudar o atual cenário inflacionista. A questão é: irão os BCs contrair a política monetária em um momento em que os déficits do governo estão altos e, pior ainda, qualquer pequeno aumento nos juros pode gerar uma crise da dívida (uma vez que estes países possuem uma relação dívida/PIB muito maior que 100%)?

      Irão os BCs reagir àquilo que claramente é — como sempre foi — um processo de inflação monetária?"

      Só para dar ênfase ... Aí vai mais uma "dose" ...

      "Desde a pandemia de Covid-19, os banqueiros centrais ao redor do mundo inflacionaram a oferta monetária a um ritmo sem precedentes, recorrendo à mais agressiva política monetária de que se tem notícia desde o fim do padrão-ouro.

      Apenas nos EUA, a oferta monetária chegou a subir mais de 25% nos últimos 12 meses."

      VALE A PENA LER !!!

      https://www.mises.org.br/article/3378/sim-a-inflacao-e-mundial-mas-nao-decorre-so-de-gargalos%E2%80%94e-pode-abortar-a-retomada-economica

      1
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      TIAGO HENRIQUE POSSAMAI ... você está coberto de razão ... PARABÉNS !!!

      1