Exportação de carne suína do Brasil fecha 2019 com recorde mensal; avança 15,75% no ano
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de carne suína in natura do Brasil encerraram 2019 com um recorde mensal de 65,9 mil toneladas em dezembro, apontaram dados publicados nesta quinta-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em ano marcado por uma forte demanda de proteínas pela China.
No acumulado de 2019, os embarques da carne de porco totalizaram 635,5 mil toneladas, uma alta de 15,75% em relação ao ano anterior, de acordo com números da Secex compilados pela Reuters.
Em ritmo semelhante, as vendas de carne bovina in natura do país avançaram 12,5% em 2019 na comparação anual, atingindo o volume de 1,52 milhão de toneladas, após exportações de 149 mil toneladas em dezembro.
Em outubro, quando somaram 160,1 mil toneladas, os embarques do produto bateram seu recorde mensal histórico.
A demanda pelas carnes brasileiras disparou em 2019, na esteira dos surtos de peste suína africana na China. O país asiático perdeu cerca de 40% de sua criação de porcos, a maior do mundo, por causa da doença, o que o levou a aumentar acentuadamente as importações de proteínas.
Apesar dos altos níveis vistos nas exportações das carnes bovina e suína, os embarques da carne de frango in natura tiveram leve recuo de 0,22% no ano e não conseguiram superar a marca registrada em 2018, de 3,83 milhões de toneladas.
Dessa forma, as exportações de carne de frango do Brasil somaram 3,82 milhões de toneladas em 2019, segundo a Secex.
Para 2020, o mercado espera que os embarques de carnes apresentem um ritmo geral de alta, com a persistência da forte demanda chinesa e perspectivas positivas para o comércio com outros países, como Rússia e Estados Unidos.
Considerando carnes in natura e processadas (estas não contabilizadas pela Secex), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) prevê aumentos de 15% nas vendas de carne suína e de 7% nas de carne de frango em 2020, na comparação com 2019.
Enquanto isso, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) estima um avanço de 10% nos embarques de carne bovina.
(Por Gabriel Araujo e Roberto Samora)
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