FAO: produção mundial de carnes sofre retração após duas décadas de expansão
Após duas décadas de crescimento contínuo, em 2019 a produção mundial de carnes sofre um recuo em relação ao ano anterior. Não só isso: a retração deve ser significativamente maior que a prevista seis meses atrás, em maio deste ano.
A afirmação é da FAO e está presente na segunda edição do Food Outlook do corrente exercício. Nela a instituição da ONU dedicada à agricultura e alimentação estima que a produção mundial de carnes girará em torno dos 335 milhões de toneladas neste ano, recuando 1% em relação a 2018, mas permanecendo cerca de meio por cento acima do que foi registrado em 2017.
Do total estimado, cerca de 93,5% estão representados pelas carnes de aves (essencialmente de frango), suínas e bovinas. E, naturalmente, a queda prevista está sendo ocasionada pela carne suína que, nas projeções da FAO, deve sofrer recuo próximo de 8,5% em relação ao ano passado.
A queda na produção mundial de carnes seria maior não fosse a produção crescente de países como EUA, Brasil e Argentina, de blocos como a União Europeia ou, mesmo, da produção chinesa. Porque – explica a FAO – a redução na produção de carne suína da China (estimada em 20%) vem sendo parcialmente compensada pelo aumento na produção local de outras carnes. A de aves, por exemplo, deve aumentar perto de 2,5%; e a de carne bovina mais de 6%.
Vale notar que – considerada apenas a produção das três principais carnes – a participação entre elas neste ano não deve sofrer grande modificação em comparação a 2017 (gráfico abaixo, à direita). Assim, como principal carne produzida mundialmente, a de aves passa a responder por 39,4% do total (aumento de meio por cento no biênio), a suína cai para 38,1% (redução de 0,78%) e a bovina sobe para 22,5%, aumento próximo de 1%.
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