UE publica decisão sobre embargo a 20 frigoríficos do Brasil, sendo 12 da BRF

Publicado em 14/05/2018 23:24

SÃO PAULO (Reuters) - A União Europeia publicou nesta segunda-feira a decisão de abril de proibir importações de produtos de carne, especialmente aves, de 20 fábricas brasileiras que eram autorizadas a exportar ao bloco europeu, sendo 12 unidades da BRF, em um desdobramento do escândalo gerado pela operação Carne Fraca.

A decisão entra em vigor no segundo dia após a publicação no diário oficial nesta segunda-feira, de acordo com o documento.

As ações da empresa subiram 3,2 por cento, enquanto o Ibovespa teve variação positiva de 0,01 por cento.

"...investigações em andamento e ações recentes da Justiça no Brasil indicam que não há garantias suficientes de que os estabelecimentos das empresas BRF e SHB, autorizados a exportar carne e produtos cárneos para a União, cumprem com os requisitos relevantes da União", diz o texto da UE, referindo-se à última fase da Carne Fraca, em março, que teve a BRF como alvo.

"Por conseguinte, os seus produtos podem constituir um risco para a saúde pública e é adequado removê-los da lista de estabelecimentos a partir dos quais são autorizadas as importações na União de carne e produtos à base de carne", afirma a UE.

As fábricas da BRF citadas na lista da UE estão nos Estados do Paraná (nas cidades de Toledo, Ponta Grossa e Francisco Beltrão), Santa Catarina (em Concórdia, Chapecó e Capinzal), Mato Grosso (Nova Mutum e Várzea Grande), Mato Grosso do Sul (Dourados), Goiás (Rio Verde) e Rio Grande do Sul (Serafina Corrêa e Marau).

Em comunicado, a BRF afirmou que está estudando alternativas para reequilibrar o nível de oferta após a UE ter publicado a lista de frigoríficos no Brasil que foram proibidos de exportar para o mercado comum europeu.

A BRF tem atualmente 35 unidades produtivas no país, mas nem todas exportam para a União Europeia.

BRF estuda opções após UE publicar lista de proibições de unidades no Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - A empresa de alimentos BRF afirmou nesta segunda-feira que está estudando alternativas para reequilibrar o nível de oferta após a União Europeia ter publicado que proibirá a importação de carnes de várias unidades da empresa no Brasil.

A Reuters publicou mais cedo que a UE publicou a decisão de abril de proibir importações de produtos de carne, especialmente aves, de 20 fábricas brasileiras que eram autorizadas a exportar ao bloco europeu, sendo 12 unidades da BRF, em um desdobramento do escândalo gerado pela operação Carne Fraca.

Marfrig tem prejuízo de R$206 mi no 1º trimestre

SÃO PAULO (Reuters) - A Marfrig reduziu o prejuízo no primeiro trimestre, uma vez que melhores resultados operacionais e os efeito da alta do dólar sobre receitas internacionais compensaram parcialmente o peso das despesas financeiras.

A companhia, que em abril anunciou a compra de 51 por cento da National Beef por 969 milhões de dólares, teve prejuízo líquido de 206 milhões de reais no período, ante prejuízo de 233 milhões de reais no mesmo período de 2017.

O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado combinado somou 352 milhões de reais entre janeiro e março, avanço de 5 por cento ante um ano antes. O Ebitda da divisão Beef somou 191 milhões de reais, alta anual de 30 por cento.

A empresa, que com a compra da National Beef, tornou-se a segunda maior produtora de carne bovina do mundo, teve receita líquida combinada de 5,1 bilhões de reais, alta de 24 por cento sobre um ano antes. O volume exportado de carne in natura foi 67 por cento superior.

Segundo a Marfrig, os preços de carne bovina e seus subprodutos apresentaram redução no Brasil, levando à contração de margens, enquanto no mercado externo a estabilidade dos preços em dólares e a depreciação do real resultaram em melhor rentabilidade.

No fim de março, a dívida líquida da Marfrig era de 6,33 bilhões de reais, equivalente a 3,67 vezes o Ebitda. O número pro-forma sobe para 12,56 bilhões de reais, considerando a compra da National Beef, em abril.

Lucro da JBS sobe mais de 40% no 1º tri; empresa fecha acordo com bancos

SÃO PAULO (Reuters) - A JBS teve forte alta do lucro no primeiro trimestre, uma vez que o desempenho operacional de unidades da empresa no exterior, o controle das despesas e um efeito contábil na linha de impostos ofuscaram um resultado mais fraco no Brasil.

A maior processadora de carnes do mundo informou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 506,5 milhões de reais no período, alta de 43,5 por cento ano a ano. Incluindo a fatia dos minoritários, o lucro foi de 588,2 milhões de reais, avanço de 41,1 por cento contra um ano antes.

O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado teve alta anual de 30,3 por cento, para 2,788 bilhões de reais. A margem Ebitda subiu de 5,7 para 7 por cento. O Ebitda subiu em todas as unidades da companhia, exceto na JBS Brasil.

A receita líquida consolidada somou 39,78 bilhões de reais entre janeiro e março, um aumento de 5,8 por cento, com destaque para as unidades JBS USA Carne Bovina, JBS Carne Suína, enquanto a da JBS Brasil teve queda de 4,7 por cento e a da Seara recuou 2,7 por cento. A JBS explicou que a maior oferta de carne de frango no Brasil fez o preço do produto cair 9,1 por cento.

Em contrapartida, as operações de carne bovina da JBS no exterior avançaram refletindo tanto a melhora da economia dos Estados Unidos, assim como maiores exportações para Japão, Coreia do Sul e Hong Kong. A fatia da região conhecida como Grande China elevou de 20,6 para 26,1 nas exportações da JBS.

Em outra frente, o grupo controlado pela família Batista obteve um controle nas principais linhas de despesas. As de vendas subiram 12,3 por cento, enquanto as administrativas recuaram 8,4 por cento.

Por fim, a última linha do resultado foi favorecida por um resultado positivo de imposto de renda e contribuição social, no valor de 120,4 milhões de reais. Um ano antes, esta linha tinha tido resultado negativo de 223,8 milhões de reais.

A JBS fechou março com uma dívida líquida de 45,5 bilhões de reais, 4,8 por cento menos do que um ano antes. Assim, a alavancagem financeira caiu de 4,23 para 3,24 vezes o Ebitda.

ACORDO

Pouco antes de anunciar os números trimestrais, a JBS anunciou que fechou um acordo de normalização de dívida com bancos no Brasil, pelo qual estes manterão linhas de crédito de cerca 12,2 bilhões de reais por 36 meses a partir de julho.

A partir de janeiro de 2019, a JBS deve começar a amortizar cerca de 25 por cento do principal da dívida até fim do período, em julho de 2021.

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Fonte:
Reuters

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