As exportações de carne bovina cresceram no mês fevereiro, em relação a igual período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (01), pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Já os embarques das proteínas de frango e suína recuaram na mesma base de comparação. Em relação a janeiro passado, todos os segmentos tiveram desempenho negativo.
As exportações de carne bovina in natura fecharam em 98,1 mil toneladas, 24% mais ante as 79,28 mil toneladas de fevereiro do ano passado e leve queda de 1,4% ante as 99,5 mil toneladas embarcadas em janeiro. A receita somou US$ 392,5 milhões, 21% maior do que os US$ 325,963 milhões obtidos em fevereiro de 2017 e queda de 7,8% ante os US$ 452,8 milhões de janeiro. Nos dois primeiros meses de 2018, as vendas de carne bovina totalizaram 197,6 mil toneladas, ante 166,433 mil toneladas em igual período do ano passado (+18,7%). Já o faturamento foi 20,6% maior e ficou em US$ 818,3 milhões este ano, ante os US$ 678,458 milhões obtidos entre janeiro e fevereiro de 2017.
Já as vendas externas de carne suína in natura totalizaram 35,7 mil toneladas, 19% abaixo das 44,1 mil toneladas embarcadas em fevereiro de 2017 e 21,1% abaixo ante as 45,3 mil toneladas de janeiro. A receita somou US$ 76,9 milhões, queda de 25% ante o registrado em igual mês do ano passado (US$ 102,5 milhões) e de 21% ante janeiro (US$ 97,5 milhões). Sobre as vendas externas de carne de frango in natura no acumulado do ano, houve queda de 5%, para 594,3 mil t ante 626,359 mil t em 2017. Em faturamento, o recuo foi de 11%, de US$ 1,026 bilhão para US$ 913,5 milhões.
Os embarques de carne de frango in natura somaram 288,9 mil toneladas, 4% menos ante fevereiro de 2017, quando foram embarcadas 301 mil toneladas. Na comparação com janeiro, quando foram exportadas 305,4 mil toneladas, a queda foi de 5,4%. O faturamento chegou a US$ 447,8 milhões, 11% abaixo dos US$ 501,8 milhões registrados em igual período de 2017 e queda de 3,8% em relação a receita de US$ 465,7 milhões de janeiro. No acumulado do ano as exportações de carne suína in natura recuaram tanto em faturamento quanto em volume. O faturamento de US$ 174,4 milhões é 23,25%,menor do que os US$ 227,232 milhões em 2017. Em volume, a queda foi de 18%, passando de 98,65 mil toneladas para 81 mil toneladas.
Reuters: Brasil exporta menos soja e açúcar em fevereiro; vendas de farelo de soja e milho crescem
Por Marcelo Teixeira
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil exportou menos soja e açúcar em fevereiro na comparação com igual mês do ano passado, mas impulsionou os embarques de milho, farelo e óleo de soja, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira.
Números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o país exportou 2,86 milhões de toneladas de soja em fevereiro, 650 mil toneladas menos frente igual período de 2017, possivelmente reflexo de atrasos no plantio e na colheita da oleaginosa neste ano.
Mas houve um grande aumento nas vendas de produtos derivados da soja. O Brasil exportou 1,35 milhão de toneladas de farelo no mês passado, quase o dobro do volume de um ano atrás, e enviou ao exterior 125.641 toneladas de óleo de soja, ante 75.565 toneladas no ano passado.
A Argentina, líder global na exportação de derivados de soja, está passando por uma grave seca, e o país deve ter menos farelo e óleo de soja para vender neste ano. Não está claro ainda, no entanto, se os compradores estão migrando para uma oferta segura de outros países produtores, como o Brasil.
As exportações de milho também foram altas, de 1,25 milhão de toneladas, mais de 700.000 toneladas acima do volume relatado em fevereiro de 2017.
Os envios de açúcar foram bem menores, por volta de 1 milhão de toneladas, 500 mil toneladas a menos ante fevereiro de 2017, conforme usinas, enfrentando um excesso de oferta global da commodity, têm optado por produzir mais etanol.
Também houve uma grande queda nas exportações de petróleo, ambos comparados com fevereiro do ano passado e janeiro deste ano.