Exportações de carne bovina têm melhor resultado do ano, com alta de 13,4% em agosto
As exportações brasileiras de carne bovina registraram o melhor resultado do ano, com aumento do volume embarcado em 13,4% em agosto, na comparação com julho, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC). No período, foram exportadas 145.822 toneladas do produto, o que gerou um faturamento de mais de US$ 607 milhões, valor 12,8% maior do que o faturado no mês anterior.
Comparando com agosto de 2016, o último mês apresentou crescimento de 34% tanto em volume quanto em faturamento nas exportações totais de carne bovina. Além disso, o resultado registrado representa o melhor desempenho desde outubro de 2013, em volume, e dezembro de 2014, em faturamento.
Principais destinos
Hong Kong continua sendo o principal importador da carne bovina brasileira, responsável pela compra de 34.540 toneladas (7,4% a mais do que foi comercializado em julho), seguido por Egito, que importou 23.070 toneladas (aumento de 27,8%), e China, com 18.565 toneladas (alta de 15,1%).
Desempenho por categoria
Em agosto, a carne in natura se manteve como categoria mais exportada, seguida por miúdos e industrializadas.Sua comercialização para outros países gerou um faturamento de mais de US$ 520 milhões, com embarque maior que 123 mil toneladas, o que representa um aumento de 16% em volume e 15% em receita.
Comparando o resultado de agosto de 2017 com o mesmo período de 2016, a exportação de carne bovina in natura cresceu 48,6% em faturamento e 49,6% em volume exportado.
Desempenho por estado
São Paulo é historicamente o estado que mais exporta carne bovina no Brasil, mas desde julho, Mato Grosso se destaca como o exportador de maiores volumes.
Em agosto, 20% da carne exportada pelo país teve o Mato Grosso como origem. As 29.600 toneladas embarcadas no mês representam um aumento de 50,4% sobre o resultado de agosto de 2016 e 11,4% sobre o desempenho de julho de 2017.
Destacam-se como compradores da carne do Mato Grosso Hong Kong, Irã, Egito e União Europeia, que juntos representaram 77% das exportações do Estado.
China e abertura de mercados
A ABIEC continua focando seus esforços na abertura de novos mercados e ampliação da presença em parceiros estratégicos. E a China tem sido prioridade.
O projeto setorial Brazilian Beef, uma parceria entre a ABIEC e a Apex-Brasil, foi responsável por levar, mais uma vez, a degustação da carne bovina brasileira ao mercado chinês. O evento “Be Brasil Experience”, que reuniu os mais de 200 participantes do seminário “Oportunidades de Investimento no Brasil” (organizado pela Apex-Brasil e China Development Bank) realizado em Beijing, no último 2 de setembro, contou com a presença de autoridades de ambos os países, incluindo presidente do Brasil, Michel Temer, e o vice primeiro ministro da China, Wang Yang.
O evento fez parte de uma agenda intensa entre os países neste começo de mês e teve como resultado o anúncio de que mais frigoríficos brasileiros serão autorizados a exportar carne para a China, realizado após reunião entre os presidentes do Brasil e da China. Com a medida, é possível que o Brasil dobre o volume de carne bovina vendida para o país asiático. Além disso, entre 19 e 21 de setembro, a ABIEC participará da feira FMA China, com o objetivo de estreitar ainda mais as relações comerciais com os chineses.
Outra iniciativa da entidade para ampliar a presença brasileira nos mercados para os quais o país mantém relações bilaterais será a oferta de uma degustação de carne bovina no evento Brazilian National Day, que será realizado no Irã, em 12 de setembro. Organizada pela embaixada do Brasil naquele país, a ação reunirá autoridades iranianas e brasileiras, também com o objetivo de estreitar relacionamentos e propiciar novos negócios.
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