Carnes: Margem da indústria no maior patamar histórico
Mercado estável. Até o momento, nas três semanas de junho, praticamente não houve alta de preços em nenhuma delas. Os comportamentos variaram de manutenção do mercado a desvalorização, como a que ocorreu no levantamento anterior, de 1,3%.
Para as indústrias, porém, por mais estranho que possa parecer, nunca foi tão bom o negócio de venda de carne.
As margens de uma operação de desossa, que indica a diferença entre o preço pago pela arroba e a receita com a venda de carne sem osso, couro, sebo, miúdos e subprodutos, estão em 38,0%, a maior já registrada desde 2007, quando começou o acompanhamento deste indicador.
Embora a carne, que representa pouco mais de 80,0% da receita de uma empresa no mercado interno, tenha recuado, em média, 7,3% desde o começo do ano, o preço da arroba do boi gordo caiu ainda mais, 13,8%.
Além disso, para ajudar no resultado, os miúdos, que compõe mais 14,0% da receita da indústria estão sendo vendidos por um valor 8,3% acima do registrado no começo do ano.
Ou seja, a situação da indústria é confortável. Mas é bom lembrar que isso não se trata de uma análise de quem está ganhando mais ou menos na cadeia. Margens e receitas são resultados da interação entre o preço de venda e de compra, componentes que são determinados pelo mercado, pela oferta e demanda dos produtos.
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