Segunda quinzena e incertezas pressionam cotações do boi gordo, frango e suíno vivo
Desconfiança e tensão no mercado do boi gordo
Por Scot Consultoria
Neste momento, não há fatores nos quais os preços do boi possam se apoiar para sustentação.
A tendência de mercado frouxo, que já vinha sendo verificada antes dos acontecimentos da última semana, ganhou força com a tática praticamente unânime das indústrias de redução ou até mesmo retirada total das compras.
O “efeito desconfiança” que gira em torno da JBS, com consequente sobra de gado para os demais frigoríficos, reforça o plano de mercado citado.
Atenção especial deve ser dada às regiões onde há maior participação ou até mesmo amplo domínio da empresa nos abates.
No fechamento de hoje, vinte das trinta e duas praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria tiveram queda nas referências.
Não houve alteração nas referências no mercado atacadista de carne bovina com osso, porém, a tendência do levantamento aponta para quedas em curto prazo.
Suíno vivo: Seguindo outras praças, cotação recua no PR
Por Larissa Albuquerque
O preço do suíno vivo registrou nova queda nesta terça-feira (23). Dessa vez, no Paraná, a bolsa de suínos recuou R$ 0,22 deixando a referência em R$ 3,78/kg.
Em São Paulo, os preços ficaram estáveis nesta semana, entre R$ 79,00 a R$ 80,00/@, condições bolsa.
Esse cenário baixista está atrelado ao baixo desempenho das vendas de carne na segunda quinzena do mês, além das incertezas que tomaram conta do mercado desde que a maior empresa de proteína animal do mundo, a JBS, está no centro dos escândalos de corrupção do país.
Além disso, "a queda nos preços da carne bovina também tende a acirrar a concorrência em relação às demais proteínas de origem animal", destaco o analista, Allan Maia, da Safras & Mercado.
Para os próximos dias não são esperados reajustes dos preços do animal vivo ou da carne.
Frango vivo: Segunda quinzena pesa e preços não evoluem
Por Larissa Albuquerque
A segunda quinzena do mês tem pensado nos preços do frango vivo. Apesar da estabilidade, não estão descartadas quedas ao longo da semana.
No atacado o ritmo das vendas diminuiu em função do período do mês e, com isso, os compradores estão se abastecendo somente com o necessário para não acumularem estoques.
Em Minas Gerais a média das negociações com o animal vivo está em R$ 2,50/kg. Já em São Paulo os preços permanecem inalterados a mais de vinte dias, também em R$ 2,50/kg.
"Para essa segunda metade de maio a tendência é de uma queda nas cotações, até mesmo pelo fato da oferta de carne bovina estar crescendo no mercado interno, ampliando a concorrência com a carne de frango", destaca o analista, Fernando Iglesias, da Safras & Mercado.
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