Boi gordo com viés de baixa em pleno dezembro; Suíno segue recuperando
Boi Gordo: Mercado com pouca movimentação, pouca oferta e testes pontuais
Por Scot Consultoria
Mercado do boi gordo com pouca movimentação nesta sexta-feira, o que não é surpresa. Mesmo os frigoríficos que possuem escalas mais alongadas não testam o mercado de maneira forte em São Paulo. A oferta de boiadas não permite.
Mais ao norte a situação de disponibilidade de boiadas é maior, mas ainda assim não há pressão de baixa expressiva.
No Sul do Tocantins, por exemplo, há frigoríficos com escalas confortáveis, mas também ocorrem valores acima da referência, ofertados por empresas precisando de gado para o curto prazo.
A situação de venda de carne não tem evoluído e para as próximas semanas já começamos a passar do período de compra de boiadas para as vendas de final de ano.
As escalas, quando mais alongadas, já contemplam o gado que abastecerá a demanda de final de ano. Com isto, frigoríficos maiores estão mais calmos nas compras, mas sem forte pressão de baixa pela oferta curta no Centro-Sul.
Suíno Vivo: À espera de recuperação na demanda, mercado encerra mais uma semana em alta
Por Sandy Quintans
Nesta sexta-feira (09), as cotações ao suíno vivo registraram estabilidade nas principais praças de comercialização. Apesar do dia com preços firmes, o mercado encerra mais uma semana com altas em diversas regiões, diante da expectativa de melhora na demanda com as vendas para as festividades de final de ano.
A Scot Consultoria aponta que na semana houve uma procura maior por reposição dos animais – o que trouxe valorizações significativas ao mercado nos últimos dias. “A demanda ainda não teve a melhora esperada pelo setor, no entanto, a reposição de estoques esteve ativa, na expectativa de melhora nas vendas na ponta final da cadeia”, aponta a consultoria.
Além da demanda interna para o período, as exportações encerram novembro em alta – o que ajudou a escoar a produção–, segundo coloca o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). No período, os embarques tiveram uma alta de 9,5%, totalizando 53,8 mil toneladas de carne suína in natura. “Conforme pesquisadores, os maiores embarques contribuíram para reduzir a disponibilidade interna, amenizando os efeitos da baixa liquidez no atacado e elevando as cotações”, explica o boletim do Centro.
Com isso, a semana foi de altas em parte das praças de comercialização. O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior valorização ocorreu em Mato Grosso. Na praça, a cotação subiu 3,31% e fecha a R$ 3,43 pelo quilo do vivo na região.
No Rio Grande do Sul, a valorização foi de 2,50% no período. A pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) mostra que a média estadual fechou a R$ 4,10 pelo quilo do vivo aos suinocultores independentes. A cotação aos produtores integrados segue em R$ 2,97 pelo quilo do vivo já há três semanas.
Em Santa Catarina, a alta também foi de 2,50% e encerra com referência de R$ 4,10 pelo quilo do vivo. O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivanio de Lorenzi, explica que além da alta, os custos de produção também tiveram algum alívio com o recuo dos preços do milho.
“Os produtores estão conseguindo comprar a saca de milho nas regiões Oeste e Meio-Oeste entre R$ 41 e R$ 42 posto na propriedade. A tonelada da soja está sendo comercializada a R$ 1.090,00. Esses fatores mostram a diminuição dos custos de produção. Contudo, o preço do quilo do suíno no mercado integrado ainda esta entre R$ 2,90 e R$ 3. No mercado independente tivemos uma ligeira melhora de R$ 0,10”, explica de Lorenzi.
Em São Paulo, a valorização semanal foi de 1,09%, definindo os negócios entre R$ 85,00 a R$ 87,00/@ (o mesmo que R$ 4,59 a R$ 4,69 pelo quilo do vivo). Além disto, vendas foram registradas acima do valor de referência, segundo explica a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos). Em Araçoiaba da Serra (SP) foram comercializados 70 animais a R$ 88/@.
Segundo o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, a redução da oferta e o aumento da procura por animais por parte de frigoríficos e também nos pontos de vendas, como estratégia para as festas de final de ano, trouxeram melhora às cotações. "Mercado tem procedimentos de sustentabilidade, dá diagnostico e certeza de novos realinhamentos de preços. A tendência é de alta", aponta Ferreira.
Frango Vivo: Mercado frustra expectativas de altas e encerra semana com recuo nas cotações em SP
Por Sandy Quintans
Apesar das expectativas de reajustes positivos, os preços em São Paulo registraram recuo nesta sexta-feira (09). Na praça paulista, a referência cedeu R$ 0,05 e passa a ser negociado a R$ 3,05 pelo quilo do vivo, após quase três meses de estabilidade. Nas demais praças de comercialização, a semana foi de cotações estáveis, segundo aponta o levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
Segundo informações reportadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o início de dezembro foi de ritmo lento para as vendas internas de carne de frango. O cenário frustra as expectativas de agentes do mercado que aguardavam melhora na liquidez, diante das festividades de final de ano e o recebimento do 13º salário. “Segundo pesquisadores, é a demanda enfraquecida que mantém baixa a liquidez”, aponta o boletim.
No atacado, o cenário também é de baixas. “Entre 1º e 8 de dezembro, o preço do frango inteiro congelado caiu 1% no atacado da Grande São Paulo, com o quilo negociado na média de R$ 4,30 nessa quinta-feira, 8. Para o frango inteiro resfriado, houve desvalorização de 1,5% na região paulista, com média de R$ 4,31/kg na quinta”, explica o Cepea.
Apesar dos recuos de preços no atacado, a Scot Consultoria aponta que os atuais patamares estão acima aos praticados há um ano na praça paulista. A alta chega a atingir 13,2% no período. “Para uma comparação, neste período, a carne suína teve alta de 8,1% e a carne de dianteiro bovino caiu 1,3%”, aponta a consultoria.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explica que em novembro o mercado registrou desempenho abaixo ao esperado, por ser um período de aquecimento nas vendas com as festas de final de ano. Com isso, avicultores contam com o recuo dos preços do milho para recuperarem margens.
“O alento é que o preço do milho vem indicando queda nas últimas semanas, ajudando a reduzir a pressão de custos e trazendo uma melhor margem de lucratividade aos produtores. Hoje o custo médio de produção do frango vivo em São Paulo gira ao redor de R$ 2,55”, comenta. Apesar disto, algumas regiões ainda trabalham abaixo do custo de produção.
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