Carnes iniciam movimento de recuperação com demanda de fim de ano
Boi Gordo: Viés de baixa perde a intensidade, mas o preço da arroba ainda não tem força para subir
Por Scot Consultoria
A pressão de baixa no mercado do boi gordo, explicado pelo lento escoamento da carne no atacado, diminuiu em relação às semanas anteriores. Porém, o mercado segue sem força para que ocorra valorização.
Mesmo com a alta no preço da carne com osso no atacado o escoamento da produção está lento, o que não incentiva as indústrias a ofertarem preços melhores pela arroba do boi de animais terminados.
Parte dos frigoríficos estão com ociosidade elevada, o que ocasionou na redução dos estoques e permitiu a alta no atacado.
Com a valorização nos preços da carne com osso no mercado atacadista, a margem das indústrias que não desossam (Equivalente Scot Carcaça) melhorou e está em 18,5%.
A margem acima da média histórica permite aos frigoríficos ofertarem preços melhores pela a arroba do boi gordo, porém, com o consumo da carne bovina em baixa, não há estímulo para que isso ocorra.
Para curto prazo fica a expectativa quanto ao escoamento da carne, uma vez que esse é o fator que pode colaborar para que ocorram mudanças no mercado do boi gordo.
Suíno Vivo: Mercado inicia recuperação com demanda de fim de ano e fecha a semana com alta
Por Sandy Quintans
Após período de estabilidade, a semana encerra com recuperação de preços para o suíno vivo em grande parte das praças de comercialização. Nesta sexta-feira (25), as cotações fecharam estáveis, porém as bolsas de suínos de diversos estados fecharam a referência de negócios em alta.
Informações do analista da Safras & Mercado, Allan Maia, apontam que o mercado começa a esboçar reação diante da demanda das festas de fim de ano, o que refletiu nos preços. A tendência é de que nas próximas semanas ainda haja novas altas nas principais regiões.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) também aponta para a tendência de recuperação nas próximas semanas, embora o cenário no atacado ainda seja de preços mais próximos da estabilidade. “A expectativa de colaboradores consultados pelo Cepea é de que o mercado reaja nos próximos dias”, explica o Centro.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), Valdomiro Ferreira, explica que os negócios no estado já estão acima do valor de referência. Além disto, a oferta reduzida no estado traz a perspectiva para novas altas nas próximas semanas.
Por outro lado, mesmo com esta recuperação, suinocultores ainda podem terminar o ano no vermelho com as dificuldades enfrentadas na demanda por proteína. "Mesmo melhorando os preços dos suínos, não podemos esquecer que 2016 foi um ano perdido para a suinocultura em termos de rentabilidade. As perdas acumuladas durante o ano não serão aliviadas por 3 ou 4 semanas. Vamos terminar o ano no negativo", lamenta.
O presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estados de Minas Gerais) também explica que a recuperação é esperada nas próximas semanas com o período de festividades. “As negociações têm fluído bem e os produtores estão conseguindo comercializar toda a sua oferta. Esperamos que o mercado se tornasse aquecido nas próximas semanas, devido às festividades de final de ano", diz.
Preços
O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior alta ocorreu justamente em Minas Gerais e Goiás. Com isso, a referência para a região é de R$ 4,40 pelo quilo do vivo, um acréscimo de R$ 0,20 em relação a definição anterior.
Em São Paulo, a alta foi de 3,80%, com negócios entre R$ 80,00 a R$ 82,00/@ [equivalente entre R$ 4,27 a R$ 4,37/kg vivo]. Porém, segundo informações da APCS, diversas vendas foram realizadas acima do valor de referência.
No Rio Grande do Sul, o acréscimo foi de 1,28%. A pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta para média estadual de 3,95 pelo quilo do vivo aos independentes. Nas demais regiões, o cenário é de preços estáveis.
Exportações
Os embarques de carne suína in natura continuam registrando bom desempenho em novembro, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MIDC). Em três semanas, foram exportadas 38,0 mil toneladas, com média diária de 3,2 mil toneladas.
Na comparação com o mês passado, o volume por dia chega a ser 18,9% maior, enquanto que em relação a novembro de 2016, a alta é de 14,6%. Em receita, os embarques somam US$ 101,0 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.657,7.
Frango Vivo: Semana encerra com leve recuperação de preços em SC e PR nesta 6ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta sexta-feira (25), o mercado de frango vivo voltou a registrar estabilidade nas cotações. Há semanas, as principais praças de comercialização trabalham com preços estagnados nas granjas, desde o final de agosto em grande parte das regiões. Com isso, São Paulo mantém referência de R$ 3,10 pelo quilo do vivo, enquanto que em Minas Gerais a cotação é de R$ 3,30/kg.
O levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a média estadual do Paraná e Santa Catarina subiram nos últimos dias. A alta foi de 1,69%, fechando com negócios a R$ 3,00 pelo quilo do vivo. Nas demais regiões, o cenário é de preços estáveis.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explica que a mudança de preços nestas regiões foi bastante pontual, visto que houve uma maior reposição por parte dos frigoríficos. “De modo geral a demanda segue positiva no mercado interno, mas o setor não tem encontrado forças para esboçar reações nos preços”, afirma.
Apesar dessa recuperação, informações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) apontam que semana foi de queda de preços no atacado. “Entre 17 e 24 de novembro, o produto inteiro congelado se desvalorizou 1,8% no atacado da Grande São Paulo, com o quilo na média de R$ 4,33 nessa quinta-feira, 24. O frango inteiro resfriado se desvalorizou 4,1% no mesmo período no atacado paulista, com média de R$ 4,27/kg nessa quinta”, coloca o Centro.
A Scot Consultoria também explica que na semana houve recuo de preços no atacado, diante do período de menor consumo no mês. Por outro lado, os atuais patamares de preços chegam a ser 12,3% acima do mesmo período de 2015 nem São Paulo.
Exportações
Por outro lado, os embarques de carne de frango in natura continuam abaixo aos registrados em novembro de 2015. Dados da Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MIDC) apontam que até a terceira semana de novembro foram exportados 180,6 mil toneladas, com média diária de 15,0 mil toneladas.
O dado por dia representa um aumento de 8,9% na comparação com outubro deste ano, enquanto que em relação ao passado chega a um recuo de 12,4%. Já em receita, os embarques somam US$ 281,8 milhões, com valor por tonelada em US$ 1.560,9.
Para Fernando Henrique Iglesias, o desempenho atual dos embarques está abaixo ao esperado pelo mercado, visto que já foram registradas 400 mil toneladas mensais de carne de frango in natura. “Apesar de estar indicando uma certa recuperação ante o resultado de outubro, os embarques acumulados até agora estão inferiores aos registrados em novembro do ano passado. Essa redução pode estar relacionada ao fator cambial”, comenta.
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