Pouca movimentação no mercado de carnes contraria as expectativas para o final do ano
Boi Gordo: Cenário é de lentidão nos negócios e oferta de compra abaixo dos preços de referência
Por Scot Consultoria
Há sinais de que a oferta curta começa a ser sentida pelos frigoríficos que não possuem contratos a termo.
Em alguns casos a escala de abate atende de dois a três dias, fato que pode proporcionar alguma reação nos preços em curto prazo, sobretudo se houver aquecimento nas vendas no mercado atacadista no fim do mês.
Contudo, por ora, está mantido o cenário de lentidão nos negócios e ainda são comuns as ofertas de compra abaixo da referência.
O boi casado capão está cotado em R$9,44/kg, estabilidade frente ao preço da semana passada, mas queda de 2,7% em relação ao início do mês.
Reforçamos a visão de que a situação atual de mercado contraria a tendência histórica, de alta de preços, tanto para o boi gordo, como para a carne no atacado.
Com isso, fica a expectativa para a validação desta conjuntura, tanto no decorrer da segunda quinzena de novembro, como em dezembro.
Suíno vivo: Preços fecham estáveis, mas produtores tem alívio nos custos de produção
Por Larissa Albuquerque
Os preços encerraram estáveis, nesta quinta-feira (17), no mercado independente de suíno vivo. Mesmo com o enxugamento da oferta, a dificuldade no escoamento da produção vem limitando as altas na matéria prima, que ainda assim, tem projeções são positivas para as próximas semanas.
Em Santa Catarina, apesar da estabilidade em R$ 3,90 o quilo do animal vivo, a ACCS (Associação Catarinense dos Criadores de Suínos) destacou que a expectativa é de que os produtores alcancem o valor de referência nesta semana, já que nos últimos dias as negociações ficaram R$ 0,20 abaixo do esperado.
Também em Minas Gerais, a Bolsa de Suínos Mercominas manteve o acordo entre representantes dos frigoríficos e produtores e determinou o valor de comercialização do quilo do suíno vivo em R$ 4,20/kg.
"O mercado de suínos em Minas vem operando em estabilidade. As negociações têm fluído bem e os produtores estão conseguindo comercializar toda a sua oferta. Esperamos que o mercado se tornasse aquecido nas próximas semanas, devido às festividades de final de ano", ressalta o presidente da ASEMG, Antonio Ferraz.
Custos de produção
O levantamento da Embrapa Aves e Suínos [ICPSuíno/Embrapa] apontou queda de -1,80% nos custos em outubro na comparação com o mês anterior. A principal queda - de 1,76% - ocorreu no desembolso com a nutrição dos animais.
Apesar dos dados positivos, os custos ainda amargam sérios prejuízos quando comparado ao igual período de 2015 [13,05% mais caro] e, 11,96% maior na relação nos últimos doze meses.
“Há muitos produtores desistindo da atividade. Esperava-se que haveria melhores preços neste último trimestre do ano, mas não ocorreu”, afirma o presidente da Associação Catarinense de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Frango vivo: Mercado segue estável e custo de produção sobe em outubro
Por Larissa Albuquerque
As cotações do frango vivo no mercado independente fecharam mais um dia sem alteração de referência. Estável desde o final de agosto, o setor enfrenta um longo período de estabilidade que contraria as expectativas positivas dos analistas para o quarto trimestre.
Tradicionalmente, os últimos meses do ano são marcados por um bom desempenho da demanda, visto que o pagamento dos décimos terceiros salários, abonos salários e férias, tendem a ser revertidos em consumo de proteínas. Neste ano, porém, o fraco desempenho do consumo vem limitando as altas das aves vivas - assim como as demais proteínas.
Em São Paulo a referência entrou na décima primeira semana de manutenção em R$ 3,10 o quilo. Já em Minas Gerais a cotação permanece em R$ 3,30/kg.
E, além da falta de modificação nos preços, o setor também sofre com elevados custos de produção. O levantamento realizado pela Embrapa Aves e Suíno [ICPFrango/Embrapa] registrou ligeiro avanço - de 0,10% - em outubro na comparação com o mês anterior.
Na variação percentual dos últimos doze meses, porém, o aumento é de 4,70%. E na comparação com o mesmo período de 2015 os custos estão 6,95% maiores para os avicultores em todo o país.
De acordo com o levantamento, os maiores incrementos ocorreram na nutrição e na aquisição dos pintos de um dia.
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