Mesmo com oferta limitada, preço das carnes não reage neste final de ano
Boi Gordo: Demanda fraca pela carne segue limitando o mercado mesmo com oferta curta de animais
Por Scot Consultoria
Em São Paulo, parte das indústrias, principalmente as de menor porte, estão com a ociosidade elevada e pulando dias de abate, o que tem deixado as programações de abate artificialmente mais alongadas em relação às semanas anteriores.
Já as indústrias de maior porte, que possuem parcerias e contratos de boi a termo, estão com escalas de abate mais folgadas, o que permite aos frigoríficos testarem o mercado e ofertar preços abaixo da referência.
O lento escoamento da carne no atacado é outro fator que não tem dado incentivo para aumento dos preços ofertados para o boi gordo.
Aliás, mesmo com a entrada de novembro, mês tipicamente com melhora nas vendas de carne no atacado, o escoamento continua lento, o que resultou inclusive em desvalorização da carne com osso no atacado na semana.
A margem de comercialização das indústrias em patamares acima da média histórica indica que sem aumento na demanda por carne dificilmente haverá grandes valorizações para a arroba do boi gordo, mesmo com a oferta limitada de boiadas.
Suíno vivo: Mesmo com baixa oferta preços não evoluem no mercado independente
Por Larissa Albuquerque
As cotações do suíno vivo no mercado independe encerram mais um dia sem modificações. Nesta semana, as praças de comercialização definiram estabilidade diante do baixo escoamento da produção no mercado interno.
Em São Paulo a bolsa de suínos segue com referência em R$ 77,00 a R$ 79,00/@ – equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21/Kg vivo – condição bolsa.
Na praça de Minas Gerais, a Associação dos Suinocultores do Estado (ASEMG) informou que representantes de ambos os elos da cadeia suinícola determinaram a permanência do valor de comercialização do quilo do suíno vivo em R$4,20.
Já em Santa Catarina a ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos) divulgou que a bolsa de suínos do estado permanece em R$ 3,90 o quilo do animal vivo no mercado independente.
Por meio de nota, os pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), "mesmo com a oferta reduzida e as exportações em volumes elevados, a fraca demanda interna por carne não tem permitido reajustes nas cotações", declaram.
Entre 31 de outubro e 9 de novembro, a carcaça especial perdeu 0,9%, sendo cotada a R$ 6,14 nesta semana. Já a carcaça comum desvalorizou 4%, no mesmo período, negociada a R$ 5,73/kg.
Exportações
Os resultados da primeira semana de novembro [três dias úteis] indicam bom desempenho da carne suína in natura nas exportações. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil exportou 11,7 mil/t da proteína, o equivalente a US$ 29,3 milhões – uma média diária de 3,9 mil/t. Os embarques representam um aumento de 46,2% na média diária em comparação a outubro.
No comparativo com os três primeiros dias de outubro, o país embarcou 2,7 mil toneladas, equivalente a US$ 6,7 milhões. Em comparação com igual período no ano passado, a média de embarque era de 2,8 toneladas ao dia.
Frango Vivo: Mesmo com início de mês, consumo não evolui e preços seguem limitados
Por Larissa Albuquerque
As cotações do frango vivo no mercado independente encerram mais um dia com preços estáveis nesta quinta-feira (10). Em São Paulo as cotações permanecem inalteradas em R$ 3,10/kg pela décima semana, assim como em Minas Gerais que também está há dois meses se alteração.
Altas ocorrem, no entanto, no mercado atacadista de São Paulo. Em sete dias a carcaça valorizou 1,4%. "A reposição de estoques pelo varejo foi mais intensa nos últimos dias, o que ocasionou as valorizações", avalia a Scot Consultoria.
Porém, esses aumentos não refletem diretamente na remuneração dos produtores integrados, uma vez que o consumo abaixo da média dos últimos anos faz com que as agroindústrias optem por trabalhar apenas com o sistema de integração, recorrendo menos à oferta livre.
Na comparação anual, o vivo comercializado no interior paulista corresponde - em valor nominal - a mesma cotação apresentada no igual período de 2015. No entanto, considerando o aumento de custos e a inflação deste ano, o produtor estaria recebendo atualmente [em termos reais] apenas R$ 2,86 por quilo de animal vivo negociado.
Contudo, a Consultoria não descarta a possibilidade de valorizações do mercado paulista dos próximos dias, já que a proximidade com o pagamento dos décimos terceiros salários, abonos salariais e férias, podem impulsionar a demanda pela proteína.
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