"Há uma alta sensibilidade pública pelo bem-estar animal", diz o representante da OIE para as Américas
"Existe uma alta sensibilidade pública [pelo bem-estar animal] e os países que possuem um comércio crescente devem estar preparados para adaptar-se às mudanças do mercado", disse o representante da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Luis Barcos, em entrevista ao site uruguaio TodoElCampo.
As palavras foram ditas logo após a palestra "Bem-estar e saúde animal", feita pela pesquisadora do Insituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA) do Uruguai, Marcia del Campo, durante o 21º Congresso Mundial da Carne, organizado pela Oficina Permanente Internacional da Carne (OPIC-IMS, em inglês) e pelo Instituto Nacional de Carnes (INAC) do país. O congresso foi realizado durante terça e quarta-feira, no Hotel Conrad, em Punta del Este.
O representante da OIE indicou que há cada vez mais países que, por requisitos de outros mercados, implementam novas estratégias de bem-estar animal. Essas estratégias, como a rastreabilidade no caso do Uruguai, estão sendo feitas para melhorar a situação dos animais por meio de postulados científicos comprovados.
Barcos apontou que o trabalho para alcançar o bem-estar animal é um largo caminho onde cada país deve alcançar suas próprias estratégias. Da mesma forma, disse que a elaboração de pautas deve estar embasada em normas "transparentes e com base científica", onde os governos também devem permitir a participação do setor privado. Ele também acha que ainda não é hora de pensar uma norma a nível mundial, porque isso pode levar "muito tempo".
Para Barcos, a oferta e a demanda devem privilegiar aqueles países que possuem excelente produção de proteína animal, como o Uruguai, pois os compradores devem eleger seus mercados se tiverem a garantia de contar com uma produção sofisticada e de alto valor.
Com informações do TodoElCampo.com.uy
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