Pressão baixista permanece no mercado de carnes
Boi Gordo: Em Araçatuba-SP a referência está R$ 150,00/@ e o mercado tem pressão de baixa
Por Scot Consultoria
Apesar de novembro ser o período de sazonal alta nos preços, o cenário é de queda na maioria das praças pesquisadas pela Scot Consultoria.
Das trinta e duas praças pesquisadas, ocorreu queda em onze para o boi gordo, cenário nada alinhado com o comportamento típico de preços para este mês. Por enquanto, o preço do segundo semestre, na média de Barretos-SP, por exemplo, está 0,7% menor que na primeira metade do ano.
Em São Paulo, houve desvalorização nas duas praças pecuárias. Em Araçatuba, o boi gordo está cotado em R$ 150,00/@, à vista. Queda de 0,7% em sete dias. Apesar da desvalorização, ainda existe tentativa de compra abaixo desta nova referência.
Por outro lado no mercado atacadista de carne com osso o boi casado de animais castrados está cotado em R$ 9,70/kg. Alta de 2,2% no período.
Com a queda no preço do boi e alta na carne com osso, a margem de comercialização dos frigoríficos que não fazem a desossa aumentou e está em 19,2%, praticamente quatro pontos percentuais acima da média histórica.
Suíno Vivo: Semana encerra com queda de preços em Rio Grande do Sul e alta em Mato Grosso
Por Sandy Quintans
Nesta sexta-feira (04), as cotações para o suíno vivo registraram estabilidade nas principais praças de comercialização. Na semana, os preços se comportaram sem tendência definida, mas com manutenção em grande parte das regiões.
Informações da Safras & Mercado, apontam que a semana foi de demanda fraca nas principais regiões, apesar de ter registrado leve reação no atacado. Apesar disto, o cenário ainda é bastante negativo ao mercado, que trabalha com preços estagnados nas granjas há semanas, com grande parte das praças de comercialização trabalhando abaixo dos custos de produção.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que a procura pela proteína seguiu registrando forte retração no final de outubro. “A demanda por carne suína in natura diminuiu ainda mais no final de outubro, o que pressionou as cotações”, explicam os pesquisadores do Centro.
A Scot Consultoria ressalta que em São Paulo as cotações estão estáveis entre R$ 77,00 a R$ 79,00/@ há 30 dias. "Mesmo estando no início do mês, as vendas não apresentaram melhora e os compradores seguem fazendo suas aquisições de forma limitada para não acumular estoques", coloca o boletim.
O analista de mercado, Fabiano Coser, também aponta que o desempenho das exportações ficou abaixo do esperado em outubro, o que deve dificultar ainda mais a situação aos suinocultores. “O cenário de redução dos embarques internacionais de todas as carnes aliado à crise e ao desemprego dificulta a retomada dos preços pagos aos produtores”, explica.
Com isso, o levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que os preços cederam 1,79% no Rio grande do Sul. Segundo pesquisa da ACSRUS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), o preço médio praticado no estado fechou em R$ 3,85.
No Mato Grosso, foi registrado 0,62% na semana, que fechou com referência de R$ 3,25/kg. Já em Minas Gerais e Goiás, a cotação voltou a encerrar em R$ 4,20 o quilo do animal vivo. Já em São Paulo a bolsa de suínos segue com referência em R$ 77,00 a R$ 79,00/@ – equivalente a R$ 4,11 a R$ 4,21/Kg vivo.
Exportações
Em outubro, as exportações de carne suína in natura atingiram 53,3 mil toneladas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior e Serviços (MIDIC) na terça-feira. Com isso, houve o recuo de 11,3% em relação a setembro, e alta de 27,1% no mesmo período de 2015.
Em receita o acumulado do mês ficou em US$ 133,1 milhões, também apontando queda de 9,1% em relação a setembro. Em contrapartida o saldo corresponde ao ganho de 29,1% na relação com outubro do ano passado.
Para o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, apesar do desempenho ter ficado abaixo das expectativas do mercado, ainda foi registrado um bom desempenho. “De todo modo o número ainda pode ser considerado positivo e ajuda a evitar uma pressão maior nas cotações internas”, avalia.
Frango Vivo: Preços encerram a semana estáveis e exportações fecham outubro com fraco desempenho
Por Sandy Quintans
O mercado de frango vivo registrou mais uma semana de preços firmes nas principais praças de comercialização. Nesta sexta-feira (04), a cotação em São Paulo em R$ 3,10/kg e em Minas Gerais a R$ 3,30/kg. Além disto, as exportações registraram fraco desempenho em outubro.
Segundo informações do analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o Dia de Finados atrapalhou o ritmo de negócios nesta primeira semana do mês. “A reposição não engrenou, por conta do feriado e pelo fato de que a maior parte da população só irá receber seus salários na próxima semana”, comenta.
Por outro lado, a primeira quinzena do mês costuma registrar demanda aquecimento, o que pode trazer reajustes positivos para as cotações. Há meses, os preços nas granjas para o mercado independente estão estagnados, mesmo atingindo patamares recordes no varejo.
O boletim do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que em outubro houve recorde nominal de preços, reflexo da estratégia de redução da produção. “Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda doméstica relativamente firme e a oferta reduzida, decorrente do controle no alojamento de pintainhos”, apontam os pesquisadores.
Além disto, informações da Scot Consultoria apontam que o poder de compra dos avicultores paulista melhorou com as recentes baixas do milho. “Atualmente, em Campinas (SP), é possível comprar 4,65 quilos de milho com valor de um quilo de frango, uma melhora de 6,0% no poder de compra do avicultor nos últimos sete dias”, aponta o boletim.
Exportações
Para os embarques, o cenário foi negativo em outubro para a carne de frango in natura. Dados divulgados pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior e Serviços (MIDIC) na terça-feira, apontam que em 276,3 mil toneladas em 20 dias úteis.
O desempenho é 17,9% inferior aos dados de setembro. Em receita os embarques totalizaram US$ 428,2 milhões, com queda de 20,9% em relação a setembro deste ano e 0,6% na comparação com outubro de 2015.
Apesar do desempenho ruim em outubro, no ano os embarques de carne de frango registram ganhos de 5% em 2016, segundo dados divulgados pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Considerando todos os produtos (in natura, embutidos e processados), as exportações chegam a 3,693 milhões de toneladas.
Segundo informações do vice-presidente de mercados da ABPA, Ricardo Santin, os países da Ásia foram os principais compradores do período. “Em setembro, as exportações para o Japão chegaram a 47 mil toneladas, diante de uma média mensal de 32 mil toneladas registrada até então. O total de 22 mil toneladas embarcadas para o país em outubro mostram que houve um adiantamento de parte das vendas no mês anterior”, explica Santin.
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