Semana inicia com valorizações para o boi gordo e suíno vivo; Frango mantém cotação
Boi Gordo: Semana inicia com preços firmes e a cotação em SP está R$150,50/@
Por Juliana Serra, médica veterinária da Scot Consultoria
O mercado do boi gordo iniciou a segunda-feira com preços mais firmes.
Houve valorizações para o macho terminado em São Paulo, Pará, Rondônia e Espírito Santo.
O cenário é de preços sustentados na maior parte das praças pesquisadas pela Scot Consultoria. Os reajustes ainda acontecem de forma gradual.
Em São Paulo, a arroba do macho terminado está cotada em R$150,50, à vista, nas praças de Araçatuba-SP e Barretos-SP.
A oferta restrita em grande parte das regiões e as recentes melhorias nas margens de comercialização possibilitaram pagamentos maiores pelo boi gordo.
A margem do Equivalente Scot Carcaça, que indica a receita dos frigoríficos que vendem a carne com osso frente ao preço pago pelo boi, está em 22,2%, alta de 7,9 pontos percentuais na comparação com o início do mês.
Suíno Vivo: Mercado busca recuperação de preços e registra alta em SP e RS nesta 2ª feira
Por Sandy Quintans
O mercado de suíno vivo registrou altas nesta segunda-feira (19), na busca pela recuperação de preços após as quedas do final de agosto. Novamente, São Paulo e Rio Grande do Sul sinalizaram aumento nas referências para a semana, interrompendo as baixas que vinham sendo registradas nas regiões. Em Santa Catarina, o cenário é de estabilidade em R$ 3,80/kg, após o recuo da semana anterior.
Na praça paulista, a bolsa de suínos definiu negócios entre R$ 77 a R$ 79/@ – equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg. No decorrer da última semana, a APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) chegou a registrar vendas acima do valor de referência em algumas regiões do estado, o que levou a leve recuperação na atual cotação.
A Scot Consultoria explica que em São Paulo os produtores optaram pela estratégia de segurar vendas para readequação de preços, visto que no lado da demanda não houve grandes mudanças. Por outro lado, com este ganho e o recuo das cotações de milho foi registrada melhora na relação de troca no estado.
“Atualmente, em Campinas (SP) é possível comprar 6,08 quilos de milho com um quilo de suíno, melhora de 6,3% em relação à semana passada”, aponta a consultoria.
Já no Rio Grande do Sul, a média estadual subiu apenas R$ 0,02, mas ainda sinalizando recuperação. Segundo a pesquisa semanal realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a cotação fechou em R$ 3,92/kg para os independentes. Já aos integrados, a média foi mantida em R$ 2,96/kg.
Para os insumos, o cenário foi de estabilidade para o milho, que teve novamente a média de R$ 42 pela saca de 60 quilos. Já o farelo de soja passou de R$ 1.215,00 pela tonelada para R$ 1.190,00 nesta semana.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas na última semana, o presidente da ACSURS, Valdecir Folador, explicou que apesar da recuperação, as cotações ainda estão abaixo dos custos de produção. Além disto, mesmo com o leve recuo de preços para os insumos, o impacto só deve ser absorvido daqui a alguns meses pelos produtores.
Diante das incertezas do mercado, os custos de produção seguem como motivo de atenção. “O alto custo segue como maior preocupação do suinocultor brasileiro e reajustes nas cotações são necessários para a recuperação da margem operacional da atividade”, explica o analista da Safras & Mercado, Allan Maia.
Exportações
Para os embarques de carne suína in natura, os resultados de setembro seguem registrados dados positivos, segundo aponta informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta segunda-feira. Até a terceira semana, com 11 dias úteis, foram embarcadas 35,4 mil toneladas.
Com média diária de 3,2 mil toneladas, os números representam crescimento de 28,7% na comparação com o volume por dia registrado em agosto e aumento de 49,8 em relação ao mesmo período de 2015. Em receita, os dados somam US$ 80,6 milhões.
Frango Vivo: Sem mudanças, mercado registra dia de cotações estáveis nesta 2ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta segunda-feira (19), as cotações para o frango vivo continuaram registrando estabilidade. Durante toda a quinzena do mês, o mercado trabalhou sem mudanças nas referências, mesmo com o período de maior consumo. Com isso, a cotação em Minas Gerais é de R$ 3,30/kg e em São Paulo de R$ 3,10/kg.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, explica que o cenário frustrou as expectativas do mercado, que esperava reação nas cotações. Para ele, a falta de movimentações de preços pode ser um reflexo da oferta superior de animais em algumas regiões.
“Essa teoria ganha corpo observando os alojamentos do primeiro semestre que foram bastante elevados”, frisou.
Para a Scot Consultoria, reajustes a tendência para os próximos dias é de firmeza para o mercado e inclusive registrar recuos. “Com a proximidade da entrada da segunda quinzena do mês, sazonalmente o consumo cai semana a semana e pode roubar a firmeza do mercado”, projeta o boletim.
Exportações
Por outro lado, os embarques de carne de frango in natura registraram melhora em setembro. Segundo dados divulgados nesta segunda feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foram exportados até a terceira semana do mês 197,3 mil toneladas, com média diária de 17,9 mil toneladas.
Se comparar os embarques por dia de agosto, há um acréscimo de 25,4%, enquanto que em relação ao mesmo período de 2015 houve aumento de 13,1%. Em receita, as exportações somam US$ 323,9 milhões, com valor por tonelada em US$ 1.641,1.
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