Arroba tem expectativa de valorização, enquanto que suíno vivo segue registrando baixas; Frango estável
Boi Gordo: Mercado disputado com pecuaristas retendo boiadas e indústrias resistindo em ofertar preços maiores
Por Felippe Reis, zootecnista da Scot Consultoria
Apesar da melhora nas margens de comercialização das indústrias, os frigoríficos resistem em ofertar preços melhores para a arroba.
Por outro lado, parte dos pecuaristas estão retendo a boiada, à espera de preços maiores. Essa briga entre indústria e pecuarista vem mantendo o mercado andando de lado há algum tempo na maioria das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria.
Contudo, a oferta de animais terminados está restrita e tem deixado pouco espaço para desvalorizações.
No mercado atacadista de carne com osso, os estoques enxutos e a melhora no escoamento da carne permitiram um reajuste positivo dos preços. Não estão descartadas valorizações.
Para curto e médio prazos a perspectiva é de que a oferta restrita de boiadas e os estoques enxutos de carne no mercado colaborem com preços firmes.
Frango Vivo: Mercado segue estável nesta 3ª feira, após baixas da última semana
Por Sandy Quintans
Nesta terça-feira (06), as cotações para o frango vivo voltaram a registrar estabilidade. Diante deste cenário, Minas Gerais é a praça com maior valor de referência em R$ 3,30/kg, enquanto que São Paulo pratica negócios a R$ 3,10/kg.
Nas últimas semanas do mês anterior, as praças tiveram baixas, após um período de forte recuperação com a demanda aquecida. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, para os próximos dias é esperado que o mercado retome este movimento positivo.
Com o período de recebimento de salários na primeira quinzena do mês, é provável que o mercado tenha fôlego. “A perspectiva é de retomada do movimento de alta durante a primeira metade de setembro”, projeta.
No atacado, o mercado já começa a dar sinais de melhora com o início de setembro. Segundo a Scot Consultoria, a carcaça teve valorização de 7,1% em sete dias.
“Foram registradas altas nos preços, visto uma maior procura do varejo, possivelmente para se antecipar ao fortalecimento nas vendas com o início do novo mês”, aponta o boletim.
Suíno Vivo: Após recuo em RS, cotações também registram baixa em SP nesta 3ª feira
Por Sandy Quintans
Ao contrário do que era esperado para esta semana, o mercado de suíno vivo seguiu registrando baixas nesta terça-feira (06). Em São Paulo, as cotações voltaram a ceder, enquanto que em Minas Gerais o cenário é de preços estáveis, após o forte recuo na semana anterior.
A bolsa de suínos de São Paulo definiu negócios entre R$ 73 a R$ 75/@ – equivalente a R$ 3,89 e R$ 4,00/kg. A última referência definida pela praça estava em R$ 77 e R$ 78/@ – o mesmo que R$ 4,10 e R$ 4,16/kg –, que já representava um decréscimo nas cotações.
Por outro lado, em algumas regiões do estado é possível registrar negociações acima do valor definido, em R$ 77/@. Segundo informações da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), em Jambeiro (SP) foram comercializados 180 animais a R$ 4,11/kg.
Já em Minas Gerais, a bolsa do estado definiu manutenção de preços. Com isso, na praça mineira e em Goiás os negócios seguem em R$ 4,20/kg, após a forte baixa registrada na última semana.
Além destas definições, Rio Grande do Sul já havia tido registro de queda nas cotações no último fechamento. Na praça, a pesquisa realizada pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média paga no estado ficou em R$ 3,87/kg nesta semana.
Para o analista de mercado, Fabiano Coser, nem mesmo os dados recordes de exportações têm dado fôlego aos preços no mercado doméstico. “A expectativa dos produtores é que neste mês aconteça o mesmo movimento de alta do mês anterior”, explica.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que as baixas da últimas semanas estão atreladas a demanda enfraquecida do período, depois de fortes altas no início do mês passado. “O aumento nos preços do suíno, especialmente nas primeiras semanas de agosto, trouxe esperança de que a situação econômica das granjas melhoraria um pouco”, apontam os pesquisadores do Centro.
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