Dificuldade na compra reduz pressão de baixa no boi gordo; frango vivo segue estável
Boi Gordo: Frigoríficos encontram dificuldade para compras e a pressão de baixa vai perdendo força
Por Juliana Serra, médica veterinária da Scot Consultoria
Mercado do boi gordo tem andado de lado em São Paulo.
Assim como observado nas últimas semanas, existe uma pressão baixista, porém, com menor intensidade.
Os frigoríficos paulistas têm encontrado maior dificuldade na compra de animais terminados em relação à última semana. Ainda assim, as programações de abate atendem entre quatro e cinco dias.
Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda em três e alta em apenas uma, considerando o boi gordo.
No Sul do Tocantins, desde o início desta semana, o preço do macho terminado recuou R$2,00/@ e está cotado em R$132,00/@, a prazo.
No mercado atacadista de carne com osso, os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,20/kg. O lento escoamento da produção não descarta quedas para os próximos dias.
Frango: Mercado tem mais um dia de estabilidade nesta 4ª; MG continua com preço próximo de R$ 3/kg
Por Jhonatas Simião
O mercado do frango vivo fechou estável nas praças de comercialização verificadas pelo Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (11), após as oscilações registradas na semana passada, antevéspera do Dia da Mães. Ainda assim, segundo sites especializados, fatores altistas devem continuar dando suporte às cotações do animal no Brasil.
O estado de Minas Gerais segue com o preço mais alto do frango in natura, a R$ 2,95/kg. No Paraná, o animal é entregue por R$ 2,56/kg e em São Paulo por R$ 2,50/kg, enquanto que em Santa Catarina está cotado na casa de R$ 2,40, a R$ 2,46/kg.
O estado mineiro segue com preços mais altos para o frango vivo com a demanda mais aquecida pelo produto. No entanto, em São Paulo, os preços estão mais baixos por conta de um desequilíbrio maior entre oferta e procura pelo produto. A praça paulista tem cotação sustentada em cerca de R$ 2,50/kg desde abril e é pouco provável que esse cenário apresente mudanças ainda neste mês. As informações são do AviSite.
Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), além de ser início de mês, quando a demanda doméstica costuma aumentar, a carne de frango está competitiva frente às suas substitutas (bovina e suína).
Além disso, o preço do milho, um dos principais grãos que compõe a alimentação do frango segue alto no Brasil. Com isso, os custos de produção do avicultor têm ficado altos, reduzindo margens de lucro do setor. Na sexta-feira (6), a cotação do cereal atingiu o maior patamar nominal já registrado desde 2004 pelo Cepea, a R$ 50,01 a saca de 60 kg.
As exportações de frango in natura foram menores na primeira semana de maio em relação a março e abril, levando em conta apenas a média diária. No entanto, esses números não devem apresentar à frente um retrocesso significativo, uma vez que maio corrente tem um dia útil a mais. Em abril, os embarques foram, em média, 18,93 mil toneladas dia contra os 16,32 mil t/dia – uma queda de 14%.
Em abril, as exportações do animal totalizaram 378,67 mil toneladas, com uma alta de 2,7% em relação a março e 25,7% mais alta que abril de 2015. A quantidade embarcada no primeiro quadrimestre do ano é a maior desde 2003, início da série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
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