Carnes: desempenho pouco alentador no bimestre inicial do ano
Conforme números coletados pelo Ministério da Agricultura, as carnes – bovina, suína, de frango e de peru – fecharam o primeiro bimestre de 2015 com queda de 12,6% no volume exportado.
E, aqui, não houve exceção. As quatro apresentaram queda de volume, o menor recuo incidindo sobre a carne de frango, cujo volume caiu 3,7%, índice bem menor que os das carnes bovina e suína, com redução de 28,2% e 23,8%, respectivamente. O volume de carne de peru retrocedeu 8%.
O preço médio recebido pelos exportadores também foi menor que o do primeiro bimestre de 2014. Neste caso, porém, houve uma exceção: da carne bovina, cujo preço aumentou 2,2%. Notar, porém, que o aumento registrado ficou restrito à carne industrializada, não beneficiando o produto in natura.
Considerando-se a forte depreciação do real frente à moeda americana, as quedas no preço médio são plenamente justificáveis: perde-se em dólar, mas não na moeda brasileira. É oportuno atentar, porém, que o retrocesso no preço (em dólar) já tem algum tempo, antecede a valorização da moeda americana. E isto é preocupante, pois denota excesso de oferta, perda da capacidade aquisitiva (por dificuldades econômicas no mercado internacional) ou ambos. A questão econômica é a que mais pesa no momento.
Mas, voltando ao balanço das carnes no bimestre passado, o resultado final é que caindo volume e preço médio também retrocede a receita cambial. E o que se tem é um recuo não muito distante de 20% e que atinge, sobretudo, as carnes bovina (-26,7%) e suína (-25,8%). E enquanto a receita da carne de peru é 17,1% menor, o menor índice de redução recai, novamente, sobre a carne de frango, cuja receita cambial apresenta queda de 10,3%.
Com isso, a participação do frango na receita cambial das quatro carnes apresentou ligeiro acréscimo. Há um ano, correspondeu a 42,95% da receita total; fechou o primeiro bimestre de 2015 respondendo por 47,54% do total.
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