Levantamento revela previsão para próxima safra de café

Publicado em 13/05/2010 13:56
Um levantamento recente, feito pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), em parceria com o Instituto de Economia Agrícola (IEA), revelou a previsão de produção para a safra 2010/2011 de café no Estado de São Paulo: 4,36 milhões de sacas. A estimativa é de que a safra tenha produtividade média de 20,9 sacas por hectare.

O levantamento mostra um aumento de 27,2% em relação à produção de café de 2009, que foi de 3,423 milhões de sacas.

Segundo o engenheiro agrônomo Antonio Torres, da CATI, o aumento do volume da colheita no Estado deve-se ao excelente desenvolvimento vegetativo das lavouras e do emprego de tecnologia agronômica recomendada para a cultura.

De acordo com dados do Levantamento Censitário de Unidades de Produção Agropecuária (LUPA), as quatro regiões com maior produção cafeeira são as de Franca, São João da Boa Vista, Marília e Ourinhos.

Para Paulo Sérgio Vianna Mattosinho, presidente da Comissão Técnica de Café da CATI, esse trabalho é importante, pois mostra o papel do extensionista, que é quem tem contato direto com o agricultor, e fortalece a relação entre a extensão e os órgãos de pesquisa. “É preciso valorizar o extensionista e a CATI como um todo. Quem conhece a realidade agrícola de cada município é a CATI, através dos técnicos da Casa da Agricultura”.


Sudoeste Paulista

O cinturão cafeeiro de Ourinhos/Avaré conta com 25,5 mil hectares de cafezais com produção concentrada nos municípios de Piraju, Tejupá, Fartura, Itaí, Taguaí, Arandu e Timburi.

O baixo preço pago pelo produto na região desestimulou os cafeicultores a empregarem as tecnologias disponíveis na produção, reduzindo a distribuição de fertilizantes e a aplicação de defensivos agrícolas. Além disso, as várias floradas e o excesso de chuvas diminuíram a expectativa de safra, que poderá alcançar 18,7 sacas por hectare.


Média Mogiana

Na região de São João da Boa Vista, a produção de café se concentra em cinco dos 16 municípios produtores, sendo eles: Espírito Santo do Pinhal, Caconde, São Sebastião da Grama, Santo Antônio do Jardim e São João da Boa Vista.

A região se caracteriza por possuir uma cafeicultura de montanha com estandes em espaçamento tradicional e sistemas de produção de perfil familiar, o que propicia clima ameno para a cultura, mas com período definido de déficit hídrico, favorecendo a produção de cafés de maior qualidade.

Os baixos preços recebidos pelos cafeicultores na região os impediu de utilizar toda a tecnologia disponível para a cultura, por isso a redução do uso de insumos foi bastante significativa, o que pode ter contribuído no menor pegamento de frutos. Estima-se uma produtividade em torno de 22 sacas/ha, sendo que o potencial produtivo esperado para um ciclo de alta é de 25 a 27 sacas por hectare.


Região de Marília

O planalto de Garça-Marília reúne 13 municípios com lavouras de café, posicionando-se, atualmente, como um dos pólos mais dinâmicos da cafeicultura paulista. Os cinco maiores municípios produtores são Garça, Gália, Vera Cruz, Alvilândia e Álvaro de Carvalho.

A distinção mais relevante desse cinturão foi a manutenção do emprego de elevada tecnologia no manejo das lavouras. Tanto os cafeicultores empresariais como os familiares utilizaram o pacote tecnológico agronomicamente recomendado para a região.

A produtividade média poderia ser ainda melhor do que as 20,7 sacas por hectare previstas, caso o volume de chuvas não tivesse sido tão grande.


Alta Mogiana

A região de Franca é o principal pólo produtor do Estado de São Paulo, contabilizando 25% da produção estadual prevista para a corrente safra, ou seja, 1.072.931 sacas. Composta por 13 municípios, os cinco principais são: Pedregulho, Cristais Paulista, Franca, Altinópolis e Ribeirão Corrente.

Diferentemente das demais regiões paulistas, o regime de precipitações não ocasionou perdas nas floradas observadas que, particularmente nessa região, foram em menor número (de três a quatro). O excelente estado vegetativo das plantas, associado à sua boa condição nutricional e fitossanitária, confere à região a mais elevada produtividade em solo paulista, atingindo as 22,5 sacas/ha.




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Fonte:
CATI

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