Cecafé busca parcerias e caminhos que mitiguem gargalos logísticos com IBI
Dando sequência aos trabalhos que visam encontrar caminhos para mitigar os gargalos logísticos nos portos do país, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) se reuniu, em Brasília (DF), na semana passada, com o diretor executivo do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI), Mario Povia.
A reunião também contou com a participação do presidente e do vice-presidente do Conselho da entidade, Mauro e Marcelo Sammarco, respectivamente; do diretor Administrativo e Financeiro do IBI, Nicola Margiotta; do gerente de Relações Institucionais e Governamentais da Terminal Investment Limited (TIL), Eliezer Giroux; e da Relações Governamentais da Mediterranean Shipping Company (MSC), Fernanda Pires.
“Por meio do diálogo, o encontro teve o objetivo de buscar sinergias e parcerias para tratar dos desafios e do esgotamento da infraestrutura portuária no Brasil, que não acompanhou a evolução do agronegócio nacional e vem impactando os embarques de produtos, em especial os que dependem de contêineres, causando elevados índices de atrasos e alterações de escala de navios para exportação, além de frequentes rolagens de carga”, explica Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, que representou o Conselho no encontro.
De acordo com levantamento realizado pela entidade junto aos exportadores associados, um volume de 1,826 milhão de sacas de café – 5.534 contêineres – ficaram armazenadas nos principais portos brasileiros sem conseguir embarque em 2024, o que implica que o Brasil deixou de receber, nos 12 meses do ano passado, US$ 555,62 milhões, ou R$ 3,387 bilhões, como receita cambial.
“Esses entraves na logística dos portos brasileiros causaram um prejuízo portuário de R$ 51,5 milhões aos exportadores de café de junho – quando o Cecafé iniciou o levantamento – a dezembro de 2024 devido a custos extras com armazenagens adicionais, detentions, pré-stacking e antecipação de gates”, revela Heron.
Diante do levantamento apresentado, Povia salientou a importância de o país ter uma pauta de trabalho conjunta, envolvendo as Frentes Parlamentares da Agropecuária (FPA) e de Portos e Aeroportos (FPPA), com o objetivo de buscar políticas públicas que permitam avançar nos investimentos e dar celeridade aos processos de ampliação da capacidade de infraestrutura, com base em indicadores.
“Através de um trabalho coletivo envolvendo os setores público e privado, com representantes dos poderes Executivo e Legislativo e das entidades de classe, a intenção é discutir as pautas do setor e buscar caminhos que ajudem o país a superar, de fato, esses desafios na logística portuária, de forma que se diminuam os gargalos e se evitem os prejuízos que vêm sendo observados”, conclui o diretor técnico do Cecafé.
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