IBGE eleva previsão de safra de café do Brasil em 0,4%, mas vê queda anual de 7,5%

Publicado em 13/03/2025 10:40

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SÃO PAULO (Reuters) - A produção brasileira de café em 2025 foi estimada nesta quinta-feira em 52,8 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 0,4% em relação à previsão do mês anterior com ajuste na expectativa para grãos canéforas, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Caso seja confirmada a estimativa para a safra que começa a ser colhida entre abril e maio, a colheita do maior produtor e exportador de café neste ano teria um declínio de 7,5% na comparação com 2024, em decorrência das reduções de 2,5% na área a ser colhida e de 5,1% na produtividade.

A queda na produtividade se dá, principalmente, pela bienalidade negativa de boa parte das áreas de café arábica, que registra uma queda natural do rendimento por hectare em função das características fisiológicas da espécie, que altera anos de maior com outros de menor produção.

Além disso, os cafezais afetados pelo clima quente e seco de 2024 produzirão menos que o esperado em 2025.

"A safra cafeeira de 2025 também está refletindo os problemas climáticos nas principais unidades da federação produtoras, notadamente a falta de chuvas e o excesso de calor, durante o segundo semestre de 2024, sendo esse o motivo pelo qual está partindo com um potencial de produção relativamente mais baixo", afirmou.

A safra de café arábica foi estimada em 34,9 milhões de sacas de 60 kg, declínios de 0,1% em relação ao mês anterior e de 12,8% em relação ao volume produzido em 2024.

O IBGE notou, contudo, que a partir do final do ano as chuvas retornaram com boa intensidade e frequência, o que pode ter reflexos positivos mais adiante.

Em Minas Gerais, maior produtor brasileiro do café arábica, com 71,1% de participação da safra, aguarda-se uma produção de 24,8 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 10,4% em relação ao volume colhido em 2024.

Para o café canéfora (robusta ou conilon), a estimativa de produção ficou em 17,9 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 1,5% em relação ao mês anterior e de 4,9% em relação ao volume produzido em 2024, com aumentos de 1,0% na área a ser colhida e de 3,9% no rendimento médio.

No Espírito Santo, maior produtor brasileiro do conilon com 65,8% de participação, a produção deve crescer 5,6% em relação ao volume produzido em 2024, refletindo aumento de mesmo valor no rendimento médio. A produção foi estimada em 11,8 milhões de sacas de 60 kg.

"Os produtores, estimulados pelos excelentes preços do conilon no mercado, devem investir mais em adubação e tratos culturais", afirmou o IBGE em relatório.

(Por Roberto Samora)

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Fonte:
Reuters

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