Café robusta: Com crise climática afetando produção, Indonésia e Vietnã compram cada vez mais do Brasil

Publicado em 13/03/2024 12:57 e atualizado em 14/03/2024 09:40
Com produto brasileiro mais competitivo, importação da Indonésia avançou mais de 400% e quase 30% para o Vietnã

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Os preços do robusta disparam, Vietnã e Indonésia, primeiro e terceiro maiores produtores deste café no mundo, participam menos do mercado.

Os dois países têm a produção afetada por condições climáticas adversas, escolhem participar do mercado a passos lentos e vêm comprando bastante conilon e robusta do Brasil, que exportou mais de 1 milhão de sacas no primeiro bimestre, o que significa uma evolução de 531,4% no período. 

De acordo com os dados mais recentes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as duas origens avançaram de força significativa na importação de cafés do Brasil nos dois primeiros meses de 2024, em relação ao mesmo período no ano passado.

A Indonésia, por exemplo, comprou 415% a mais de cafés do Brasil nesse intervalo, com a aquisição de 36.732 sacas contra as 7.132 sacas compradas em 2023. No caso do Vietnã, o volume saltou de 13.991 sacas para 17.665, o que representa alta de 26,3% no período.

Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria, afirma que o Brasil foi e continuará mais competitivo que as demais origens produtoras, podendo, inclusive, atrair mais vendas para esses países.

"Continuaremos competitivos até a entrada da nova safra da Indonésia, que começa a ser colhida agora, entre abril e maio, e também vamos depender da perspectiva à nova safra do Vietnã, a 24/25, que será colhida entre outubro e janeiro de 2025", afirma.

Outro fator importante, segundo o analista, é a chance de um novo La Niña levar mais chuva para a o Vietnã. Diferente do Brasil, o fenômeno climático pode gerar mais precipitações no país asiático e ajudar no desenvolvimento de uma safra mais positiva.

Marcos Matos, diretor-geral do Cecafé, destaca a importância da representatividade do Brasil neste mercado, sobretudo as parcerias comerciais com outros países produtores.

"O Brasil consegue colocar seu produto e exportar para os mais diversos e eficientes mercados do mundo. Tanto que todos os 10 principais compradores de café do Brasil apresentaram crescimento no bimestre", pontua. 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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