Cecafé debate EUDR, carbono e agenda pré-competitiva do café nos EUA
O presidente e o diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira e Marcos Matos, respectivamente, participaram, ontem e hoje, em Nashville, nos Estados Unidos, da reunião de todos os parceiros do Sustainable Coffee Challenge 2024, uma comunidade global inclusiva que impulsiona soluções ambiciosas, no ritmo e na escala necessários, para criar um setor cafeeiro positivo à natureza e às pessoas.
A primeira contribuição do Cecafé no encontro se deu a respeito do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR, em inglês). “Explanamos sobre a Plataforma de Rastreabilidade Cecafé-Serasa Experian como importante iniciativa que o Brasil vem desenvolvendo, discutimos detalhes da legislação e como podemos trabalhar, de forma conjunta, para cumprir a lei dentro de um processo harmonizado e que gere benefícios a todos”, explica Matos.
Conforme ele, a entidade também participou de debates referentes à pegada de carbono na cafeicultura, que tiveram como foco saber como validar e verificar metodologias, dar escalas aos projetos e o estudo do Cecafé “Estimativa das emissões e remoções de gases de efeito estufa do café brasileiro: a adicionalidade de carbono devido às boas práticas em fazendas de Minas Gerais, Brasil”.
Matos conta que o Cecafé pontuou a questão do solo tropical, da capacidade de incorporar carbono, por meio de sistemas produtivos que gerem adicionalidade de carbono. “Nesse sentido, sugerimos que o estudo do Cecafé, a metodologia técnico-científica adotada nesse projeto, seja referência a todos os projetos futuros, como, por exemplo, os que o Banco Mundial pretende desenvolver em parceria com empresas e setores do café”, revela.
O Conselho também participou dos debates sobre as agendas pré-competitivas, quando destacou os exemplos dos cafés do Brasil voltados à área social, bem como os projetos do Cecafé, como a plataforma de rastreabilidade, o estudo sobre sequestro de carbono e o projeto de multirresíduos.
“Um consenso dos atores é que temos que criar o ambiente pré-competitivo para desenvolver projetos em parceria com todos os segmentos da cadeia produtiva e, muitas vezes, até com a presença do governo, para se alcançar essa comunidade global cafeeira inclusiva e positiva para meio ambiente e pessoas”, conclui Matos.
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