Safra de café do Brasil deve crescer 4,6% em 24/25, diz Itaú BBA
SÃO PAULO (Reuters) - A safra de café do Brasil na temporada 2024/25, cuja colheita começa nos próximos meses, foi estimada nesta sexta-feira em 69,4 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 4,6% na comparação com a temporada anterior, após uma melhora no clima na região de produção de grãos arábica, segundo relatório do Itaú BBA.
O banco de investimento notou ainda que, apesar da recuperação na safra em relação aos últimos anos, a colheita ainda ficará um pouco abaixo do recorde registrado em 2020/21, quando somou 69,9 milhões de sacas.
"Após um período pós-floração complicado nos cinturões cafeeiros do Brasil, com pouca chuva e muito calor, principalmente no Cerrado mineiro, a condição das lavouras melhorou razoavelmente, com a volta das chuvas a partir da segunda quinzena de dezembro e bons volumes em janeiro", disse o Itaú BBA.
Segundo o relatório da Consultoria Agro do banco, o Sul de Minas Gerais, principal região produtora, "onde as chuvas chegaram um pouco mais cedo que no Cerrado, tem apresentado um desenvolvimento satisfatório e há sinalizações de que a safra do arábica na região poderá ser um pouco maior que a colhida no ano passado".
O Cerrado, acrescentou a instituição, possivelmente será a única região de arábica entre as mais relevantes a ter contração em relação ao ano passado.
"Com isso, acreditamos que a safra total de arábica será um pouco superior à do ano passado, embora abaixo do recorde de 2020", afirmou.
O Itaú BBA estima a safra de arábica em 46,2 milhões de sacas (+3%) e a de canéfora (robusta/conilon) em mais de 23 milhões de sacas (+8%).
Com impulso da produção brasileira e da Indonésia, além de uma estabilidade na colheita nos demais países que têm relevância na produção, o Itaú BBA projeta que o balanço global tenderá a ficar um pouco "mais confortável".
O superávit entre produção e consumo deverá passar de 1,9 milhão de sacas em 2023/24 para 4,6 milhões de sacas em 2024/25.
"Para o consumo global, consideramos um aumento de 1%, o que é superior ao observado nos últimos dois anos."
(Por Roberto Samora)
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