Preocupação com temperaturas e chuva abaixo da média dão suporte e arábica avança quase 4%
Com as altas temperaturas no radar, o mercado futuro do café arábica encerrou o primeiro pregão da semana com intensa valorização para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O arábica chegou a avançar quase 4%, enquanto Londres também teve um dia de valorização de 3,80%, apesar da safra do Vietnã em curso.
Em Nova York, março/24 teve alta de 695 pontos, negociado por 184,10 cents/lbp, maio/24 teve alta de 630 pontos, cotado por 181,80 cents/lbp, julho/24 registrou avanço de 600 pontos, cotado por 182,15 cents/lbp e setembro/24 teve valorização de 585 pontos, negociado por 183,10 cents/lbp.
Em Londres, março/24 teve alta de US$ 96 por tonelada, negociado por US$ 2622, maio/24 teve alta de US$ 95 por tonelada, cotado por US$ 2582, julho/24 avançou US$ 91 por tonelada, valendo US$ 2548 e setembro/24 teve alta de US$ 84 por tonelada, negociado por US$ 2511.
A volatilidade para os preços já era esperada pelo setor no Brasil. As incertezas que ainda rondam o mercado continuam trazendo preocupação do campo à xícara. De acordo com análise do site internacional Barchart, os preços voltaram a subir diante da irregularidade das chuvas no Brasil.
"A Somar Meteorologia informou hoje que a região mineira do Brasil recebeu 36,5 mm de chuva na última semana, ou 53% da média histórica", afirma a publicação. Por aqui, volta ao radar as preocupações com as altas temperaturas nas áreas de café. Os modelos mostram a previsão de uma nova onda de calor, o que pode trazer ainda mais estresse na safra do ano que vem.
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Aguardando a virada do ano fiscal e diante dos problemas climáticos, o produtor brasileiro segue fechando negócio apenas a medida que precisa fazer caixa. O mercado deve seguir monitorando as condições climáticas no Brasil, além dos números oficiais como por exemplo das exportações. A tendência é que a volatilidade persista até pelo menos o início de 2024.
No Brasil, o físico acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,30% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 970,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,60%, valendo R$ 955,00, Machado/MG teve alta de 2,11%, valendo R$ 970,00 e Franca/SP teve valorização de 5,26%, cotado por R$ 1.000,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 2,62% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.018,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,49%, valendo R$ 1.035,00 e Campos Gerais/MG encerrou com valorização de 2,92%, valendo R$ 1.056,00.
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