ICE tem nova queda, produtor é resistente em vender e café avança mais de 4% em NY
A semana começou com intensa valorização para os preços de café na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Mesmo com a colheita avançando no Brasil, a resistência do produtor em vender e a contínua queda nos estoques certificados na ICE, o mercado encerrou o dia com 4,27% de alta.
Setembro/23 teve alta de 675 pontos, negociado por 164,65 cents/lbp, dezembro/23 tinha alta de 635 pontos, valendo 164,55 cents/lbp, março/24 teve valorização de 615 pontos, cotado por 165,60 cents/lbp e maio/24 teve alta de 595 pontos, negociado por 166,45 cents/lbp.
O mês de julho foi marcado por muita instabilidade nos preços de café. Apesar dos fundamentos serem sólidos, com a colheita avançando, nos preços atuais os produtores do Brasil resistem em vender, fechando negócio a medida que precisa fazer caixa. O volume de negociação, assim como a quantidade de café já disponível nos armazéns ainda são considerados baixos para época do ano.
Os analistas, no entanto, afirmam que é preciso que o produtor esteja atento ao mercado para não perder oportunidades e ficar com a margem ainda mais apertada. A tendência é que nas próximas semanas o cenário seja de pressão com a entrada da nova safra do Brasil no mercado. Afirmam ainda que condições climáticas adversas e fatores externos, como câmbio e crise mundial, podem dar novo suporte de valorização aos preços.
"Os estoques de café robusta monitorados pela ICE na última sexta-feira caíram para uma baixa recorde de 5.205 lotes (dados históricos desde 2016). Além disso, os estoques de café arábica monitorados pela ICE na última sexta-feira caíram para 528.752 sacas, o menor nível em 8 meses", complementa a análise do site internacional Barchart.
Em Londres, com a também contínua queda nas exportações do Vietnã, o conilon encerrou com 1,28% de alta. Setembro/23 teve alta de US$ 3 por tonelada, negociado por US$ 2621, novembro/23 teve alta de US$ 39 por tonelada, cotado por US$ 2476, janeiro/24 teve valorização de US$ 30 por tonelada, valendo US$ 2400 e março/24 teve valorização de US$ 26 por tonelada, negociado por US$ 2364.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,75% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 830,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 2,44%, cotado por R$ 840,00, Machado/MG registrou alta de 2,53%, valendo R$ 810,00, Varginha/MG teve alta de 6,10%, cotado por R$ 870,00 e Franca/SP registrou alta de 3,80%, valendo R$ 870,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 3,43% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 905,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 2,33%, cotado por R$ 880,00, Varginha/MG teve valorização de 8,14%, valendo R$ 930,00.
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