Cafeicultura propõe ações para ampliar rastreabilidade e promoção da sustentabilidade
O presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira, participou de audiência das lideranças da cafeicultura com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na sede da Pasta, em Brasília, no dia 5 de julho. O encontro foi providenciado pelo trabalho do deputado federal Zé Vitor e contou com a participação de Wilson Vaz de Araújo e Silvio Farnese, secretário Adjunto de Política Agrícola e diretor do Departamento de Comercialização da Pasta, respectivamente; das Associações Brasileiras da Indústria de Café (ABIC) e da Indústria de Café Solúvel (Abics), além do Conselho Nacional do Café (CNC).
Segundo Ferreira, diante das novas regulações do comércio global, como a Lei da União Europeia sobre cadeias de abastecimento livres de desmatamento, além de outras regras sociais aprovadas na Alemanha, França e Estados Unidos, entre outras nações, as entidades representativas da cafeicultura nacional se organizam para encontrar caminhos que permitam um maior volume de recursos para levar, aos importadores dos cafés do Brasil, informações sobre a qualidade e, principalmente, a sustentabilidade do produto, por meio da rastreabilidade.
“Através da sinergia de todos os segmentos, envolvendo produção, indústrias e comércio exportador, sugerimos ampliar os recursos do (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) Funcafé destinados ao ‘Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, para investimentos em ferramentas digitais de rastreabilidade e monitoramento de critérios ESG e para estruturar e implementar o ‘Plano Nacional e Internacional de Comunicação e Promoção da Imagem e Sustentabilidade dos Cafés do Brasil'”, revela Ferreira.
O presidente do Cecafé completa que a reunião de Cecafé, ABIC, Abics e CNC com o Ministério da Agricultura foi produtiva, ficando acordado, em princípio, que o governo deverá atender ao pleito do setor na totalidade. “O ministro Fávaro elogiou bastante a união do setor e comentou que, assim como titulares que passaram pela Pasta, também espera deixar um legado à cafeicultura, neste caso, principalmente voltado a rastreabilidade, sustentabilidade e fortalecimento da imagem dos cafés do Brasil no exterior”, comenta.
Ainda na audiência, as entidades de classe concluíram que a aprovação das demandas propostas permitirá que a cafeicultura brasileira, com ações consistentes em tempos de governança socioambiental e novas regras do comércio global, tenha planejamento à altura de sua importância para a economia brasileira, utilizando recursos que são da própria cadeia produtiva, de maneira responsável, transparente e inovadora, para o Brasil permanecer com papel de destaque e vanguarda na atividade cafeeira mundial.
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