Acompanhando câmbio e clima, café finaliza a sessão desta 5ª feira com desvalorização em NY
As negociações futuras do café arábica finalizaram a sessão desta quinta-feira (25) em campo negativo na Bolsa de Nova York (Ice Futures US). Em Londres, as cotações do café conilon também terminaram o pregão com baixas nos principais contratos.
O vencimento Julho/23 terminou com recuo de 530 pontos e está cotado em 182,70 cents/lbp, enquanto o contrato Setembro/23 finalizou com perda de 510 pontos e está precificado em 180,65 cents/lbp. No caso do Dezembro/23 encerrou com desvalorização de 510 pontos e cotado em 178,80 cents/lbp e Março/24 está cotado em 178,65 cents/lbp e teve uma perda de 505 pontos.
De acordo com as informações do Barchart, os preços do café caíram moderadamente na quinta-feira, com o arábica registrando uma baixa de 1 semana e meia. “A fraqueza do real brasileiro pesou sobre os preços do arábica, já que o real caiu na quinta-feira para uma mínima de 2 semanas em relação ao dólar. A desvalorização do real estimula as exportações dos produtores de café do Brasil”, reportou.
As condições climáticas também estão no radar do mercado em que o tempo mais secas nas regiões produtoras brasileiras, devem acelerar o ritmo da safra de café no país. “A Meteorologia informou nesta segunda-feira que a região de Minas Gerais não teve chuva na semana encerrada em 21 de maio”, destacou o Barchart.
Outro fator baixista para o mercado é que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que a produção de café da Colômbia em 2023/24 aumentaria 2%, para 11,6 milhões de sacas. A Colômbia é o segundo maior produtor mundial de grãos arábica.
Robusta
Já em Londres, o contrato Julho/23 registrou queda de US$ 20 por tonelada, negociado por US$ 2553. O Setembro/23 encerrou com baixa de US$ 22 por tonelada e valendo US$ 2457. O Novembro/23 também teve desvalorização de US$ 27 e cotado por US$ 2457 e o Janeiro/24 está precificado em US$ 2415 e teve recuo de US$ 31 por tonelada.
Segundo as informações da StoneX, as negociações para o café robusta tem operado em torno das máximas em 12 anos na bolsa de Londres. “O principal fator ainda é o fornecimento de café limitado no Vietnã, em um momento que o mercado global tem mantido a demanda pelo café robusta mais firme, enquanto a demanda pelo arábica ainda continua em dúvida”, informou o Analista de Inteligência de Mercado de Café da StoneX, Leonardo Rossetti.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) tem divulgado as suas estimativas para a produção dos países na temporada 2023/24. Para a Indonésia, que é o quarto maior produtor global e terceiro maior de café robusta, na semana passada houve uma queda significativa nas perspectivas do país, passando de 11,9 milhões de sacas em 2022/23 para 9,7 milhões em 2023/24, uma queda de 18,1%.
Já para o Vietnã, a expectativa é uma melhora da produção de 5,2% em 2023/24, pra 31,3 milhões de sacas. “A temporada atual foi ajustada pra baixo, de 30,9 pra 29,7 milhões de sacas. Junto disso, os estoques finais da temporada atual tiveram uma revisão significativa, de 3,515 milhões de sacas para 1,810 milhões, uma redução de 48%. Esses fatores contribuem para reforçar a visão de disponibilidade mais limitada no curto/médio-prazo”, reportou Rossetti ao Notícias Agrícolas.
Mercado Interno
No mercado interno, as cotações do café registraram desvalorizações nas principais praças produtoras acompanhadas pelo Notícias Agrícolas. No caso do café arábica tipo 6/7, a cotação registrou queda de 1,96% na região de Guaxupé/MG e terminou o dia negociado em R$ 1.000,00 por saca.
Já em Varginha/MG, o valor da saca de café teve desvalorização de 2,86% e finalizou o dia precificado em R$ 1.020,00, enquanto em Franca/SP registrou queda de 2,83% e está cotado em R$ 1.030,00 por saca.
O café arábica tipo 6 registrou queda de 2,80% % na região de Varginha/MG e terminou o dia valendo R$ 1.040,00 por saca. Em Maringá/PR, o preço do café terminou o dia cotado em R$ 1.020,00 por saca e registrou uma perda de 1,92%. Já em Machado/MG, a saca do café teve uma queda de 1,96% e está sendo negociado em R$ 1.000,00 por saca.
O tipo cereja descascado teve recuo de 1,80% em Guaxupé/MG, em que está cotado em R$ 1.094,00. Em Campos Gerais/MG o preço do café teve desvalorização de 2,23% e finalizou o dia precificado em R$ 1.098,00 por saca. Já em Espírito Santo do Pinhal/SP, a saca do café está cotado em R$ 1.060,00 por saca e teve um baixa de 3,64%.
Confira como ficaram as cotações do café nesta quinta-feira
>> CAFÉ
0 comentário
Café em alta: novo recorde em exportação sinaliza que mundo abraça cada vez mais os grãos de Minas
Futuros do arábica batem novo recorde contratual e mercado interno tem cotações acima de R$ 2 mil
Apesar de exportação recorde em outubro, Brasil acumula 1,7 mi de sacas de café paradas nos portos, sem embarque, em 2024
Exportações de café não torrado faturam US$ 1,042 bilhão nos quatorze dias úteis de novembro 2024
Hedgepoint: Futuros do arábica atingem novo recorde em meio a incertezas na oferta
Preço do café arábica atinge máxima histórica na ICE com aperto na oferta