Café se sustenta no dólar e preocupação com oferta e sobe mais de 4% em Nova York
O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta terça-feira (11) com mais de 4% de valorização na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Maio/23 teve alta de 790 pontos, negociado por 190,50 cents/lbp, julho/23 teve alta de 775 pontos, cotado por 188,45 cents/lbp, setembro/23 teve alta de 740 pontos, valendo 186,20 cents/lbp e dezembro/23 teve valorização de 705 pontos, cotado por 184,05 cents/lbp.
"A perspectiva de oferta global de café mais restrita estimulou a compra de fundos de futuros de café", destacou a análise do site internacional Barchart. Com as atenções voltadas para a safra do Brasil, o mercado continua tendo suporte na preocupação com a oferta gobal do produto. Apesar da safra brasileira ser estimada como mais positiva em 2023, as lavouras ainda não devem atingir potência máxima neste ano.
Além do Brasil, outras origens produtoras também enfrentam reflexos das condições climáticas adversas, o que aumenta a preocupação com o abastecimento global. Os dados da Organização Internacional do Café (OIC), indicando queda nas exportações entre outubro/22 e fevereiro/23 também ajudam a dar suporte nos preços.
"Separadamente, a Guatemala, o segundo maior produtor de café da América Central, informou que suas exportações de café caíram -8% a/a em janeiro, para 172.439 sacas", complementa a análise internacional.
O café também teve suporte na queda do dólar nesta terça-feira. A moeda passou boa parte do pregão com mais de 1% de desvalorização e próximo dos R$ 5,00, pressionada por um combo de redução de temores fiscais locais, dados do IPCA abaixo do esperado e cenário externo favorável a ativos de risco.
Em Londres, o conilon também avançou mais de 2% neste pregão. Maio/23 teve alta de US$ 104 por tonelada, valendo US$ 2403, julho/23 teve alta de US$ 67 por tonelada, valendo US$ 2323, setembro/23 teve valorização de US$ 67 por tonelada, valendo US$ 2283 e novembro/23 avançou US$ 62 por tonelada, negociado por US$ 2239.
No Brasil, apesar da queda do dólar, café teve suporte em Nova York e registrou alta nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,85% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.100,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,80%, cotado por R$ 1.130,00, Machado/MG teve alta de 3,70%, cotado por R$ 1.120,00, Varginha/MG avançou 2,63%, cotado por R$ 1.170,00 e Campos Gerais/MG avançou 2,64%, valendo R$ 1.167,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 1,73% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.175,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,65%, valendo R$ 1.230,00, Varginha/MG teve alta de 1,67%, negociado por R$ 1.220,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 2,51%, negociado por R$ 1.227,00.
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Carlos Santos Moraes Brejões
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