Preço do café arábica deve cair em 2023 com aumento de safra do Brasil, diz pesquisa

Publicado em 06/02/2023 13:01

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Por Nigel Hunt

LONDRES (Reuters) – Os preços do café arábica devem ter uma queda anual de 12% em 2023, com uma grande safra no principal produtor, o Brasil, o que deve levar a um excedente global de grãos na temporada 2023/24, apontou uma pesquisa da Reuters com 10 traders e analistas nesta segunda-feira.

Os preços devem encerrar 2023 em 1,48 dólar por libra, queda de 15% em relação ao fechamento de sexta-feira e 12% abaixo dos níveis vistos no final de 2022, de acordo com a previsão mediana da pesquisa.

Os preços do café robusta devem fechar 2023 em 1.900 dólares por tonelada, 6% abaixo do fechamento de sexta-feira, mas 6% acima dos níveis do final de 2022.

Os participantes da pesquisa disseram que o tamanho da produção brasileira de 2023/34 desempenharia um papel fundamental na determinação dos preços, com alguma incerteza sobre se a grande safra inicialmente esperada será realmente colhida.

A safra de café do Brasil em 2023/24 foi projetada para subir para 67,1 milhões de sacas de 60 kg, ante uma estimativa média de 61,5 milhões de sacas para a safra de 2022/23.

A previsão mediana ficou, no entanto, abaixo do consenso de 71 milhões de sacas em uma pesquisa da Reuters divulgada em julho de 2022, com a safra não se desenvolvendo tão bem quanto o esperado, possivelmente porque as árvores não estavam saudáveis o suficiente após um inverno muito seco no Brasil.

A pesquisa apontou também que o Vietnã, maior produtor de robusta, terá uma safra de 31 milhões de sacas em 2023/24, ante 30 milhões em 2022/23.

As safras maiores no Brasil e no Vietnã levariam a um superávit global de 3,35 milhões de sacas em 2023/24, em comparação com um déficit de 4,15 milhões em 2022/23, de acordo com as previsões medianas da pesquisa.

Os participantes da pesquisa também citaram o potencial de redução da demanda –devido aos altos preços de varejo e uma desaceleração econômica global– como um fator na perspectiva baixista para os preços.

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Fonte:
Reuters

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