Café tem dia de pressão com dólar e 1º dia de negociação da semana tem queda de quase 3% em NY

Publicado em 27/12/2022 16:52
Além do câmbio, chuvas no Brasil e estoques ajudaram a pressionar preços

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A retomada dos negócios foi com forte desvalorização para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Em dia de valorização para o dólar, as cotações recuaram 2,94% no exterior nesta terça-feira (27). 

Março/23 teve queda de 505 pontos, valendo 166,95 cents/lbp, maio/23 teve queda de 485 pontos, cotado por 166,75 cents/lbp, julho/23 teve baixa de 485 pontos, negociado por 166,55 cents/lbp e setembro/23 registrou queda de 480 pontos, valendo 166,25 cents/lbp. 

Durante todo o pregão, o dólar operou com valorização de 1,30%, negociado na casa dos R$ 5,28 na venda, ajudando a pressionar as cotações de café. 

"O dólar tinha mais uma sessão de alta contra o real nesta terça-feira, com agentes financeiros repercutindo recentes flexibilizações em medidas de controle da Covid na China, enquanto permanecem na expectativa da nomeação de novos ministros da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva", destacou a agência de notícias Reuters durante o pregão. 

Os modelos metereológicos continuam indicando boas chuvas no parque cafeeiro do Brasil nos próximos dias. Minas Gerais, principal estado produtor de arábica, inclusive, está em alerta para tempestades. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) monitora as condições do tempo na região. 

"Em outro fator de baixa, os estoques de café arábica da ICE aumentaram constantemente desde que caíram para 382.695 sacas, a mínima em 23 anos, em 3 de novembro, e registraram uma alta de 5 meses e meio de 788.275 sacas na última quinta-feira", acrescenta a análise do site internacional Barchart. 

O mercado que já estava travado e com poucos negócios, não apresentou mudanças nos últimos dias. O produtor de café continua aguardando por uma recuperação mais significativa nos preços. Nos últimos 12 meses, as cotações recuaram 47%, apesar das incertezas em relaçãok ao tamanho da safra brasileira. 

Para Lúcio Dias, analista da Cooxupé, no entanto, a valorização nos preços pode acontecer, mas não de forma tão rápida, e com tendência de alguma reação entre os meses de janeiro e fevereiro. Até lá, o produtor precisa estar atento não só as condições das lavouras, mas também no cenário macro, que devem continuar ditando o ritmo dos preços. 

No Brasil, o dia foi marcado por estabilidade nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,96% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.030,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.030,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.060,00, Machado/MG teve queda de 1,98%, negociado por R$ 990,00 e Varginha/MG teve queda de 4,76%, cotado por R$ 1.000,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 0,87% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.140,00, Varginha/MG teve queda de 4,04%, valendo R$ 1.070,00, Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.119,00 e Patrocínio/MG manteve por R$ 1.100,00. 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Wellington Carmo do Rio Claro - MG

    Senhores até quando esta conversa de chuvas e estoques vão perdurar? Que hora que a lei da oferta e procura vai valer para o café? Será que teremos café para embarcar até março? Produtores não vende café nesses preços de hoje, briga vai ser grande.

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