Café: Abaixo de 170 cents/lbp em NY e volta a ser negociado por menos de R$ 1.000,00 no físico

Publicado em 28/10/2022 17:15
Recessão global, preocupação com o consumo e safra 23 do Brasil justificam

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O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta sexta-feira (28) com nova baixa expressiva na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações chegaram a registrar mais de mil pontos de baixa e encerram a semana com 5,06% de desvalorização, o equivalente a 905 pontos. 

Dezembro/22 teve baixa de 905 pontos, cotado a 169,80 cents/lbp, março/23 teve baixa de 920 pontos, valendo 167,75 cents/lbp, maio/23 teve queda de 900 pontos, cotado por 166,85 cents/lbp e julho/23 teve baixa de 840 pontos, valendo 166,25 cents/lbp. 

Em Londres, o café conilon acompanhou o arábica e também encerrou com desvalorização. Janeiro/23 teve queda de US$ 29 por tonelada, valendo US$ 1849, março/23 teve baixa de US$ 27 por tonelada, cotado por US$ 1837, maio/23 teve queda de US$ 28 por tonelada, negociado por US$ 1827 e julho/23 teve baixa de US$ 28 por tonelada, valendo US$ 1822. 

Há duas semanas o mercado de café está bastante pressionado pelas chuvas no Brasil, preocupação com consumo diante de uma recessão global e principalmente pela expectativa do mercado de uma safra cheia para o Brasil no ano que vem. Só no último mês, o contrato março/23 recuou 21,69% em Nova York. 

Com as baixas de hoje, o arábica atingiu o menor preço dos últimos 15 meses e o conilon a mínima de 14 meses. "Os preços do café estão recuando devido a preocupações com a demanda devido ao aumento da inflação global, aumento das taxas de juros e temores de recessão. Notícias de novos bloqueios de Covid chineses ajudaram a pressionar a commoditie nesta sexta", afirma a análise do site internacional Barchart. 

Segundo Fernando Maximiliano, analista de mercado da StoneX Brasil, a sexta-feira está sendo marcada por uma liquidação por parte dos fundos em Nova York. "Sentimento gerado pela perspectiva de menor demanda por conta da inflação e crise econômica, e perspectiva de que a safra 23/24 seja ampla, com a florada e retorno das chuvas", afirma o analista. 

O café segue com fatores que poderiam dar suporte aos preços, como os estoques certificados que continuam em queda, mas os fatores macroeconomicos estão pesando mais neste momento, afirma o analista. 

No Brasil, o mercado que já estava travado com a baixa dos últimos dias deve ter uma sexta-feira de poucos negócios. O produtor, que ainda não sabe o tamanho da sua produção para 2023 pouco participa do mercado. Além disso, as atenções no campo continuam voltadas para as previsões climáticas que mantêm atuação do La Niña, fator que deixa o produtor ainda mais cauteloso. 

Com a queda de hoje, o café tipo 6 bebida dura bica corrida ficou abaixo de R$ 1.000,00 a saca de 60kg no mercado físico. 

Em Patrocínio/MG a queda foi de 3,96%, negociado por R$ 970,00, Campos Gerais/MG teve baixa de 3,98%, negociado por R$ 965,00, Franca/SP teve queda de 5,66%, cotado por R$ 1.000,00, Guaxupé/MG teve baixa de 3,85%, valendo R$ 1.000,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 2,88%, cotado por R$ 1.010,00 e Araguari/MG teve queda de 4,76%, negociado por R$ 1.000,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 3,59% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.074,00, Poços de Caldas/MG registrou queda de 1,77%, negociado por R$ 1.110,00, Patrocínio/MG teve baixa de 3,77%, negociado por R$ 1.020,00 e Varginha/MG teve queda de 2,73%, valendo R$ 1.070,00. 

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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