Lavouras de arábica voltam a ser atingidas por queda de granizo em Minas Gerais
Alguns produtores de café, que esperavam pelo retorno das chuvas na Mata de Minas, continuam sendo penalizados pelas condições climáticas. Na última quarta-feira (27), alguns municípios na principal área de produção de arábica do país voltaram a ser atingidos por uma intensa chuva de granizo.
Mais uma vez, as imagens chamaram atenção nas redes sociais e levantaram novas preocupações para a safra de 2023. A Emater-MG foi a campo na manhã desta quinta-feira (27), mas produtores relataram intensa chuva de granizo nos municípios de Simonesia e Lajinha.
"As chuvas prejudicaram bem as lavouras aonde pegou gelo. Ainda não tenho o levantamento da quantidade total de lavoura, mas os danos em Simonesia e Lajinha foram maiores", comenta a agrônoma Déborah Perígolo Rodrigues ao Notícias Agrícolas. Acrescenta ainda que muitas áreas que foram atingidas estavam aptas para uma produção em 2023. É importante destacar que diante das irregularidades climáticas dos últimos anos, as condições do parque cafeeiro são irregulares, o que acaba dificultando o monitoramento de safra para o próximo ano.
Veja imagens enviadas ao NA:
Histórico
Essa foi a terceira vez que o estado de Minas Gerais é atingido por intensa chuva de granizo. No início do mês, 13 mil hectares de arábica foram atingidos, de acordo com levantamento realizado pela Emater-MG. No início desta semana também foram registrados casos pontuais de chuva intensa.
O número representa 77% do total atingido pelas chuvas em Minas Gerais. O levantamento da Emater-MG mostra que 1.090 cafeicultores sofreram algum tipo de perda. Os municípios de Andradas, Coqueiral, Campanha e Paraguaçu, no Sul do estado, foram os que tiveram as maiores áreas de café prejudicadas pelo fenômeno.
A segunda cultura com maior área atingida pelas chuvas de granizo foi a citricultura, com 2,4 mil hectares. Pelos menos 135 citricultores mineiros relataram perdas. Os pomares mais afetados estão em Campanha, Paraguaçu e Três Corações, no Sul de Minas, além de Tocantins, na Zona da Mata.
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